quinta-feira, 10 de maio de 2018

TELEVISÃO: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA



Os meios de comunicação de massa são os meios e instrumentos mais populares de divulgação das informações. A televisão, em especial, tornou-se um meio de comunicação de massa, a partir do momento que o domínio da nova tecnologia possibilitou à maioria das pessoas acesso aos aparelhos de TV.

A televisão é uma das formas de transmissão que atinge grande parte dos lares brasileiros, divulgando uma série de informações, determinadas por seus programadores e/ou patrocinadores. Existe uma série de critérios, que visam atingir às exigências dos patrocinadores, além de interesses políticos e ideológicos da elite, como por exemplo, o futebol no Brasil.

Na programação a ser exibida, o futebol ocupa um lugar central, por vários fatores que contribuem aos objetivos da televisão. A mídia televisiva em suas programações, objetiva adquirir sempre maior público. Para isso, as emissoras de televisão procura transformar as transmissões esportivas em atrações que beiram ao espetáculo. 

Essa forma moderna de transmissão tem feito o telespectador ter a impressão de estar sempre acompanhando o espetáculo no local onde está sendo realizado, dada a gama de possibilidades de visualização dos lances, sendo que, às vezes, em melhores condições do que aqueles que estão no local. A televisão destina, ao esporte, horários diversificados de transmissão, procurando atender, quase sempre, a lógica mercadológica imposta às transmissões. Essas transmissões compõem um quadro de programação, em que existem infinidades de atrações, desde filmes até telenovelas.

Se observar a qualidade dessas transmissões, você verá que a televisão tem como aspecto principal a informação já bastante simplificada. Isso significa reportagens curtas, de fácil entendimento, e que proporcionem ao público uma sensação de agradabilidade ao assistir. Mas o que essas características têm em comum com o esporte em geral e, especificamente, com o voleibol ou com o futebol?

A programação da televisão não deve ser maçante ou entediante. Deve proporcionar ao público novas emoções e sensações a todo instante. O voleibol, assim como qualquer esporte, não possui enredo pré – definido, ou seja, não se sabe qual será o desenvolvimento completo do jogo (ainda que os resultados possam ser manipulados, mas aí só se saberia a priori o resultado dos acontecimentos por um pequeno grupo de “interessados”). Isso já atinge o objetivo voltado para a criação de novas sensações a todo momento, uma espécie de imprevisibilidade.

Outra questão interessante, que você pode perceber no voleibol e atinge as perspectivas da televisão, é a previsibilidade de tempo do jogo. Perceba na programação da televisão, tudo tem tempo estipulado, devendo seguir as determinações. Neste sentido, esportes que possuam uma previsibilidade são interessantes para a televisão. Já imaginou uma partida de tênis? Chega a durar 4 horas, como ficariam os quadros de programação geral da emissora?

O voleibol teve a oportunidade de ampliar sua “popularidade” por meio da espetacularização efetuada na televisão, e, com isso, divulgar os produtos dos novos patrocinadores que começavam a se interessar pelo esporte. O processo de transição do esporte transformado em espetáculo por meio das mudanças de suas regras para “garantir o público consumidor”.

A partir das relações entre os clubes, confederações e organizadores de torneios vinculados aos interesses das emissoras de TV, o voleibol se transformou em esporte espetáculo, cujo objetivo tem por trás da diversão, e simples competição, o incentivo ao consumo de grandes marcas esportivas, produtos variados, formas e estilos de vida, modismos e ideias.

Nesse contexto, o voleibol, com a ajuda da televisão e o interesse de outros agentes envolvidos (dirigentes, técnicos, jogadores, etc.) passou de um esporte pouco conhecido, voltado para as classes mais abastadas, a um esporte “popular”, conhecido e praticado por pessoas de todas as classes sociais e de todas as regiões do Brasil. Tornou-se um empreendimento, marca registrada que rende milhões anualmente.


Referencial: Vários autores. Educação Física. Curitiba: SEED/PR, 2006, 37 a 43 p.


INDUSTRIA CULTURAL E MEIO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA


As relações entre cultura de massa, indústria cultural e meios de comunicação de massa parecem indicar uma coisa só, mas apresentam fundamentos distintos na estratégia de consolidação da ideologia capitalista. A cultura erudita é produzida pela classe dominante (elite), a cultura popular é produzida pelas classes populares, que se refere a tradição, o folclore e a religião. A cultura de massa é produzido para as massas. Ela é gerada no interior da indústria cultural, no conjunto de empresas vinculadas à classe dominante (elite) que tem como função “produzir” cultura para a massa (classe trabalhadora/popular) em forma de objeto de consumo.

Isso acontece pela massificação de saberes e padrões de comportamento que interessam às classes dominantes, para que sejam adotadas como referência pelas classes dominadas. Por meio de inúmeros produtos (novelas, filmes, livros, shows, programas de TV, revista, música, etc), há uma divulgação de elementos culturais que tem como ideia inicial a consolidação de valores e comportamentos que reforçam a ordem social capitalista. Para isso, esses produtos incentivam o consumo, a padronização dos gostos, em um processo em que prevalece a busca pelo lucro.

Os meios de comunicação de massa (televisão, rádio, cinema, jornais, etc), que são os principais veículos de divulgação da cultura de massa. São responsáveis por transmitir as ideais das classes dominantes para o conjunto de pessoa, por exemplo o jovem, como forma de controle hegemônico sobre as classes dominadas. Por exemplo, quando um programa jornalístico de uma emissora de televisão apresenta uma notícia, o modo como são narrados os fatos ou apresentadas as entrevistas não é neutro. Procura – se construir determinado olhar sobre a realidade que representa a visão dos donos do veículo de comunicação em que a informação está sendo divulgada. Atualmente, o principal modo de obter informação é por meio da televisão, assim sendo, é o veículo essencial para a difusão da cultura e da ideologia dominantes.

Esta relação de cultura e poder (controle social), levou Theodor Adorno e Max Horkheimer (1985 – 1973) criarem, em 1940, o conceito de indústria cultural. Esse conceito foi elaborado para designar o modo como se produz “cultura”, com base na padronização verificada em qualquer outra produção industrial. Com a Revolução Industrial foi possível fabricar em grande escala produtos padronizados, para a sociedade de consumo. Assim, as empresas responsáveis pela produção de bens culturais como mercadoria fazem parte da indústria cultural. A produção da cultura passou a ter como principal finalidade o lucro. A arte deixa de exercer sua autonomia de criticar a sociedade para tornar – se produtos mais rentáveis e aceito pelos consumidores.

A cultura de massa, como produto da indústria cultural, se sustenta oferecendo divertimento e produzindo conformismo. A diversão propiciada pelos produtos da indústria cultural, muitas vezes mascara os conflitos existentes na sociedade. O conformismo refere – se a aceitação da realidade social, como mostrada pelos meios de comunicação, que não lhe fazem nenhuma crítica. O divertimento e o entretenimento reforçam a naturalização das situações de opressão e desigualdades apresentadas nos filmes, nas telenovelas e nas séries de televisão.

Esse processo de naturalização e conformismo produz a alienação das massas. Funciona como mecanismo de controle social, pois neutraliza a possibilidade de o indivíduo entender e criticar os padrões de relações sociais aos quais está submetido. Assim, a ideologia dominante transmitida por esses produtos culturais permite a reprodução das relações de dominação na sociedade.

O filme “À procura da felicidade” (2006) reforça a ideia de que o indivíduo tem total controle sobre sua vida. Basta que ele trabalhe muito para que no final seja recompensado. Essa ideologia de “se quiser, você consegue” ignora a influência das estruturas sociais na vida das pessoas, dificultando o surgimento de um olhar crítico sobre a sociedade.

Durante sua leitura, teve alguma palavra que você não entendeu? Sim? Não? Pesquise seus conceitos e significados no dicionário da biblioteca da escola e anote no seu caderno. Poderá facilitar o entendimento sobre o texto e ampliar seu conhecimento. Buscar outras referências também é muito importante. Por exemplo, livro de Sociologia, de Nelson Dacio Tomazi, da editora Saraiva.

SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. Editora Moderna: São Paulo, 2013, 81 a 83 p.

domingo, 6 de maio de 2018

DO GIBI PARA O CINEMA: os meios de comunicação




Os meios de comunicação de massa são os meios, instrumentos e/ou ferramentas de comunicação e divulgação das informações produzida pela sociedade, tais como, rádio, jornais, televisão, cinema e internet. A comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor. A televisão e o cinema são formas de transmissão e divulgação de uma série de informações determinadas pelas empresas que dominam o mercado capitalista. Existe, por trás dessas ideias, o interesse em aumentar os lucros, atingir às exigências dos patrocinadores parceiros e interesses políticos da elite.

Na década de 70, o Brasil vivia um regime militar, com a censura aos meios de comunicação, com prisões, torturas, assassinatos, cassação de mandatos, banimento do país, espalhando o medo e a violência contra as pessoas que não aceitavam o que regime ordenava. Para amenizar essas crises, o governo do presidente Médici (1969 – 1974) direcionou os olhares para o futebol, desviando a atenção da população dos conflitos políticos da época através da expansão da televisão. O objetivo era que, ao invés das pessoas saírem às ruas para participar de manifestações políticas, ficariam em suas casas torcendo pela seleção brasileira numa “corrente pra frente”. O governo militar utilizou-se da vitória da seleção, no mundial de 1970, para desviar a atenção da crise econômica, dos problemas sociais e políticos e, principalmente, das atitudes autoritárias relacionadas às torturas, perseguições e mortes, frequentes naquele período triste de nossa história.

Nos Estados Unidos da América a Guerra Fria (1945 – 1991) travada com a Ex – União Soviética (Rússia) foi marcado por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o conflito militar direto. Nesse cenário surgiu os super – heróis nos gibis, depois na televisão e agora no cinema, com a criação da Marvel Comic’s (1961, com o primeiro gibi). Os fatos eram inspirados na realidade vivida da época. Era um forma de contar a história, uma versão norte – americana, tendenciosa e parcial. As histórias contam sempre a disputa vivida pelos E.U.A e a Ex – União Soviética. As cores da bandeira americana estão sempre presente, o forte apelo patriota e nacionalista americana, a tendência de influenciar quem é o vilão e quem é o mocinho. Apresenta uma visão parcial dos fatos, imaginativa, segura, confortável, super tecnológica e acima da média tendenciosamente americana. Este tipo de expressão construído nas histórias em quadrinho mascaram a crueldade e as mortes ocorridas durante a guerra. Existe um apelo emocional para justificar as mortes dos soldados, iniciar uma nova guerra, manter a poder, a riqueza e a influência política, econômico e militar no mundo,

O gibi, a televisão, cinema, a revista, rádio, a internet, são usados pelo governo e pela classe dominante como meio para desfaçar e desviar a atenção da população para os problemas sociais. No caso do futebol, no Brasil, o interesse do governo foi distrair a população, “aliviar” consequências da instabilidade política do país. O futebol e as histórias em quadrinhos têm um papel importante para a transmissão da ideia de cada governo, para manter o controle social da classe dominante e aumentar o patriotismo fiel da classe dominada.

ATIVIDADE FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE




A prática regular de atividade física sempre esteve associada à imagem de pessoas saudáveis. Não é de se estranhar que atualmente, em virtude principalmente das mudanças geradas pela modernização, o incentivo a prática de atividade física seja uma discussão de grande repercussão em todo o mundo.
A princípio, antes de aprofundarmos as discussões sobre a atividade física e sua relação com a saúde é importante entendermos e atentarmos para o conceito de atividade física. Sendo assim, o que é atividade física? A atividade física pode assim ser definida como qualquer ação ou movimento corporal exercida pelo músculo-esquelético a qual resulte em gasto energético maior do que os níveis de repouso. Em geral os movimentos corporais amplos, como lavar roupa, passear com o cachorro.
A atividade física vem sendo constantemente veiculada e vinculada à obtenção e/ou manutenção da saúde. Não é a toa que alguns males, dentre eles o sedentarismo. Para você ter uma ideia, no Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo lugar de destaque e preocupação. As pessoas estão trocando o movimentar diário pelas comodidades da vida moderna, o sedentarismo, que é a falta ou ausência de atividade física regular, atividades que não aumentam consideravelmente o gasto energético acima do nível de repouso, como dormir ou permanecer sentado em frente ao computador, por exemplo.
As pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira. O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte em nosso país. Assim, podemos observar e compreender que a discussão sobre atividade física é um assunto de saúde pública dai a necessidade de estudarmos este tema em nossas aulas.
A prática de atividade física é fundamental para o desenvolvimento adequado quando de crianças, assim como adjuvante no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão e diabetes. Na promoção da saúde com atividade física, a OMS (Organização Mundial da Saúde) define saúde como “bem-estar físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças ou enfermidades”.

Por que a preocupação com o sedentarismo?
No censo de 2000, mostra que a grande maioria dos países em desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam um nível adequado de exercício físico.
Em todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, que está relacionado com o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre por consumo excessivo de calorias na alimentação, superior ao valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização das atividades do dia – a – dia. Ou seja: a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético correspondente, associada a falta da prática de atividades físicas, ao longo da vida. É o famoso estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é passado assistindo televisão, usando computadores, jogando videogames, etc.
Observou-se que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física, a partir da adolescência e passa adotar estilo de vida sedentário com a ingestão de altas calorias na sua alimentação.

Afinal, o que é Hipertensão arterial e diabetes?
          As doenças crônicas não transmissíveis são as preocupações do setor público de saúde, devido, a baixa qualidade de vida dos pacientes, ao longo da vida. Essas doenças, não matam rápido, como o infarto ou o derrame, elas vão se agravando sem o devido cuidado, e vai debilitando o paciente, deixando – o inválido e dependente dos outros. A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, pode variar de acordo com a gravidade, apresenta constante variação de pressão arterial e de forma sistemática, está relacionada com a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para conseguir circular por todo o corpo. Os valores da pressão arterial não são sempre os mesmos durante o dia. Geralmente caem, quando dormimos ou estamos relaxados, e sobem com a atividade física, agitação, estresse.
            Já a diabetes adquirida ao longo do tempo, é a conhecida do tipo II, afeta a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia do corpo. A pessoa com diabetes tipo II pode ter uma resistência aos efeitos da insulina (hormônio que regula a entrada de açúcar nas células) ou não produz insulina suficiente para manter um nível de glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.

Quais são os benefícios dos exercícios físicos?
A prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. O exercício físico se diferencia da atividade física. Do ponto de vista músculo-esquelético, o exercício físico é uma seqüência sistematizada, planejada, orientada, estruturada e repetitiva de movimentos que tem como objetivo pré-definido ou intermediário melhorar ou manter a saúde/aptidão física, como por exemplo, o treinamento desportivo. O exercício físico auxilia na melhora da força, do tônus muscular e da flexibilidade, além disso, fortalecimento dos ossos e das articulações.
Com relação à saúde física, observamos perda de peso e do percentual de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, controle do nível de açúcar no sangue, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas.
Além disso, a prática regular de exercício físico ajuda a melhorar o fluxo de sangue para o cérebro; ajuda na capacidade de lidar com problemas e com o estresse podendo assim exercer, também, efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar.

Como é feita a escolha da atividade física adequada?
A escolha pode ser feita individualmente, levando-se em conta os seguintes fatores:

Preferência pessoal: o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa não se sinta bem praticando.

Aptidão necessária: algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais leves.

Risco associado à atividade: alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. O ideal é buscar orientação de um professor de Educação Física para evitar o risco de lesão ou algum outro tipo de problema.

Referência:










O ESPORTE, SEUS SENTIDOS E UM MODELO DE CLASSIFICAÇÃO PELA LÓGICA INTERNA

  O esporte, uma das práticas mais conhecidas da contemporaneidade, por sua grande presença nos meios de comunicação, caracteriza-se por ser...