No vôlei sentado é uma das 22 modalidades dos Jogos Paralímpicos. É uma variação do voleibol em pé para pessoas com deficiente (PcD). É jogado por duas equipes, que deslizam pela quadra usando a força dos braços para permanecerem sentados. Os atletas devem ser capazes de se movimentar com facilidade e segurança nas posições sentadas. As dimensões da quadra do vôlei sentado são menores e a rede é mais baixa do que no vôlei olímpico, tornando o vôlei sentado em um esporte intenso e de ritmo acelerado.
Você sabia que o vôlei sentado é uma das modalidades paralímpicas mais tradicionais da história? O vôlei sentado surgiu em 1956 como forma de reabilitação para soldados feridos. A modalidade é uma fusão entre a categoria tradicional e uma modalidade de origem germânica chamada sitzbal. O esporte se tornou paralímpico em 1976, como teste, e em 1980, de forma oficial. O vôlei era dividido nas variantes “sentado” e “em pé” até 2000. De 2004 para cá, o comitê da competição decidiu manter apenas a primeira opção. Hoje, esse esporte é praticado em mais de 50 países, inclusive o time goiano Associação dos deficientes de Aparecida de Goiânia (Adap) já brilhou no campeonato Brasileiro Feminino de vôlei sentado, em 2018.
No vôlei sentado podem competir homens e mulheres que possuam alguma deficiência física ou relacionada à locomoção. São seis jogadores em cada time, divididos por uma rede de altura diferente e em uma quadra menor do que na versão olímpica da modalidade. Os sets tem 25 pontos corridos e, o tie-break, 15. Ganha a partida a equipe que vencer três sets.
O objetivo do jogo de vôlei sentado é o mesmo do vôlei em pé, marcar ponto na quadra adversária jogando a bola por cima da rede ou dificultar a devolução da bola por parte do adversário, levando ao erro. Como é um esporte de interação existe o objetivo defensivo que é impedir que a bola cai na própria quadra, recuperando e realizando o contra-ataque.
A quadra mede 10m de comprimento por 6m de largura. A altura da rede é de 1,15m no masculino e 1,05m no feminino. É permitido bloqueio de saque, mas os jogadores devem manter o contato com o solo o tempo todo, exceto em deslocamentos. No Brasil, a modalidade é administrada pela Confederação Brasileira de Voleibol para Deficientes (CBVD). Os jogadores são pessoas com lesões na coluna, paralisia cerebral, amputações ou outros tipos de dificuldades locomotoras.
As regras se assemelham muito ao vôlei convencional, mas a norma principal aqui é que os esportistas não podem bater na bola sem estar em contato com o chão – salvo se estiverem se deslocando. Os fundamentos são os mesmos, o saque, a recepção, o levantamento, ataque, bloqueio e a defesa. Podendo utilizar do pé para realizar alguma ação do jogo. No voleibol sentado o saque pode ser bloqueado pelos jogadores que estão na rede.
A Seleção Brasileira estreou na disputa dos Jogos Paralímpicos em Pequim 2008, apenas com a equipe masculina, que terminou a competição em sexto lugar naquela ocasião. Já em Londres 2012, o Brasil teve representantes nos dois gêneros, com as Seleções (masculina e feminina) ficando em quinto lugar. Entretanto, o melhor resultado brasileiro veio no Rio 2016, com a conquista do bronze pela Seleção feminina, campanha que viria a se repetir em Tóquio 2020. Já em 2022, a Seleção Brasileira feminina de vôlei sentado conquistou o inédito título de campeã mundial em Sarajevo, na Bósnia.
CLASSES (CLASSIFICAÇÃO) NO VÔLEI SENTADO
De acordo com o grau de impacto nas funções na modalidade ocasionado pela sua deficiência, os atletas são divididos em dois grupos: VS1 e VS2.
Na classe VS1 estão os atletas com deficiências mais severas e que têm maior impacto nas funções essenciais do vôlei sentado. Ex: amputados de perna.
Na classe VS2 estão os atletas com deficiências mais leves e com menor interferência nas funções em quadra. Ex: amputação de parte do pé, amputação bilateral de polegar.
VS1 Deficiência severa
VS2 Deficiência leve
VS2 Deficiência leve
ATLETA GOIANA PARALÍMPICA DE VÔLEI SENTADO
Biografia: Em 1999, aos 16 anos, Adria sofreu um acidente de moto e teve que amputar a perna esquerda abaixo do joelho. A goianiense foi convidada por um professor de vôlei sentado para experimentar a modalidade no fim de 2005. Foi convocada pela primeira vez para a Seleção no ano seguinte.
Principais conquistas: Ouro no Mundial da Bósnia 2022; bronze nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020; prata nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019; bronze nos Jogos Paralímpicos Rio 2016; prata nos Jogos Parapan-Americanos Toronto 2015.
Fonte:
Como funciona o vôlei sentado em: <https://super.abril.com.br/sociedade/como-funciona-o-volei-sentado/>. Acessado em 8 de julho de 2024.
Time goiano conquista vice-campeonato brasileiro de vôlei sentado em: <https://esportegoiano.com.br/time-goiano-conquista-vice-campeonato-brasileiro-volei-sentado/>. Acessado em 8 de julho de 2024.
Voleibol sentado em: <https://olympics.com/pt/paris-2024/jogos-paralimpicos/esportes/sitting-volleyball>. Acessado em 8 de julho de 2024.
Voleibol sentando em: <https://cpb.org.br/modalidades/volei-sentado/>. Acessado em 8 de julho de 2024.
Vôlei sentado: história, regras e curiosidades da modalidade em: <https://www.esportelandia.com.br/esporte-paralimpico/volei-sentado/>. Acessado em 8 de julho de 2024.