quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Importância da Educação Física - Reportagem do Esporte Espetacular




Resenha da Reportagem do Globo Espetacular do mês de janeiro de 2017.

          A reportagem traz a importância da Educação Física para formação das pessoas e como é a realidade da Educação Física no Brasil. Os nossos atletas famosos que conhecemos começaram a praticar esporte na infância e seus primeiros contatos foram nas aulas de Educação Física. Nesse sentido, o Globo Espetacular faz uma série de reportagem sobre a Disciplina de Educação Física para investigar a realidade dessa disciplina no Brasil e no mundo.

O que é educação Física? É uma disciplina escolar que faz bem a saúde física, intelectual e social. Não ensina só o esporte, mas leva a criança e o adolescente a ter um conhecimento mais amplo, maior de si, do outro e do mundo. Ela ensina valores, companheirismo, amizade, cooperação, socialização, respeito ao próximo, igualdade, solidariedade, determinação, solidariedade.
        
         A reportagem faz está pergunta sobre o conceito de Educação Física, por causa, do contexto de que a Educação Física na Escola passa no Congresso Nacional. As pessoas que sempre amaram a Educação Física ficou com a respiração presa no mês de setembro de 2017, devido, a proposta do governo no Congresso Nacional, com a Medida Provisória, de mudar tempo escolar do ensino médio e fim da obrigatoriedade da Educação Física e das aulas de arte. O que não durou muito tempo a primeira proposta do governo. A Medida Provisória volta atrás com a obrigatoriedade da Educação Física e com a aula de Arte. Isso surpreendeu a comunidade da área, pela importância dessa disciplina na formação das pessoas. 
      
       O professor doutor Osvaldo Luiz Ferraz demonstra essa preocupação por existir estudos, pesquisas e experiências positivas da Educação Física na formação do aluno, na qualidade de vida e na saúde a longo prazo. O secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Silva reforça que a Educação Física está garantida por compor a Base Nacional Comum. O que chama atenção é no efeito cascata que vem sofrendo a disciplina de Educação Física, primeiro a sua redução na grade curricular, agora retirar do ensino médio a obrigatoriedade da Educação Física, depois será do ensino fundamental. Dessa forma, a formação do aluno que já precária e fragmentada, de pouca qualidade, afetará seu futuro e sua qualidade de vida quando adulto.
       
         O tema ficou relevante e com muitas perguntas, que foi preciso parar para pensar e exercitar nosso papel de questionadores do modelo dessa Educação Física no Brasil. Os espaços escolares são distintos, com materiais adaptados, que o mostra a própria realidade social do Brasil. Pensar a realidade social do Brasil é pensar a Educação Física na escola, com várias realidades e com vários sujeitos. Escolas de grandes centros urbanos são mais privilegiados do que as escolas de cidades pequenas. Dentro do próprio município essa desigualdade é mostrada e percebida pelo aluno e comunidade.
         
         De acordo com o Censo Escolar de 2013, apenas 66,1% das escolas tem Educação Física. Em uma escola no Rio de Janeiro, leva a Educação Física muito a sério e está trabalhando para que todos os alunos possam ser bons atletas. Nos países que foram sede das Olimpíadas deixaram um legado muito grande para aquela cidade. As outras cidades que não tiveram nenhuma participação direto das Olimpíadas tiveram pouco legado ou quase nenhum.
       
       No censo Escolar de 2013 também revela que apenas 32% das escolas públicas, do ensino fundamental, tem quadra e na rede estadual voltado para o ensino médio são 75,5% das escolas tem quadra. Mas para Educação Física, apenas a quadra é suficiente? É preciso pensar para além da quadra, mas também no tempo destinado a aula, na distribuição das aulas, no vestiário, bebedouro, piscina, academia, de forma igual e justa para os alunos.
        
         Em outra realidade, na cidade de Jaboatão dos Guararapes, Pernambuco, a escola municipal não tem estrutura adequada, nem quadra e nem material suficiente. Mas o professor de Educação Física, Rafael Rosendo, tem boa vontade, interesse, estudo e ajuste com a realidade que se encontra. Com um pátio amplo e cheio de pilastra, ele supera a dificuldade com criatividade e respeito ao direito do aluno a Educação Física. As realidades entre as duas escolas mostradas são gritante e inúmeras, mas tem uma semelhança na presença e responsabilidade do professor. Agora, a falta de interesse de quem?

Qual o tamanho da Educação Física na vida de uma pessoa?
O esporte é tratado da mesma forma que as disciplinas intelectuais, com a mesma importância que matemática e português. Os meninos e meninas jogam juntos e crescem juntos, amparando suas dificuldades e suas superações. A escola que desenvolve o projeto experimental esportivo tem uma estrutura ampla e diversificada, de campo, pista, quadra, ginásio, piscina, material esportivo e disponibilidade dos alunos. Todo este material e estrutura é motivacional para o desenvolvimento e formação do aluno. Mas nem todas as escolas não são assim ou tiveram um legado público para as futuras gerações e futuros atletas. O que acontece realmente nesta realidade escolar acontece na realidade social, a manutenção da desigualdade social.


        A pessoa que vivência na sua infância e na adolescência uma vasta experiência motora nas aulas de Educação Física apresenta mais sucesso no futuro, independente da prática esportiva que escolher. A consciência e o conhecimento construído na fase de aprendizado inicial, na escola, em especial na aula de Educação Física, quando adulto, será mais autônomo e mais independente. A prática de várias atividades físicas contribuirá no desenvolvimento motor, intelectual e social. Um conjunto de atividade que faz um bem danado a cabeça e ao corpo. O incentivo dos atletas e do futuro adulto começa pelo professor, ao realizar sonhos, construir uma carreira, ser um profissional seguro e com sucesso para a sociedade. A responsabilidade da Educação Física na Escola está na mão do professor, sem desconsiderar os aspectos anteriores, mas o vídeo conclui que a centralidade da formação e socialização do alunos está no trabalho do professor, independente da estrutura e do material.

JORNAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA



A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA


Mirna Moreira Batista
Janeiro de 2014

       Todos nós sabemos da importância de fazer uma atividade física, de se manter ativo e participar das aulas de Educação Física na escola. Ouvimos da importância na escola, nos jornais, nas rádios, nas novelas, na internet, dos nossos familiares e amigos, até nas rodas de conversar. Mas o que falamos e pensamos está longe daquilo que praticamos na escola, infelizmente! Parece estranho, mas não é difícil encontrarmos na escola, alunos e alunas que têm resistência das aulas práticas, ou dizem que não gostam, ou dificuldade de sentir incluído nas aulas. Do ponto de vista dos alunos, a disciplina de Educação Física é só esporte, principalmente a partir do 6º ano. O que faz o aluno perder a oportunidade de conhecer e vivenciar outras práticas da cultura corporal.


Atualmente a prática do esporte não é exclusiva da escola, pode ser praticada em qualquer lugar, no clube, na rua, no parque, na praça ou no quintal. As experiências que temos com o esporte ainda está muito reforçada na competição e no individualismo. As outras atividades, como o pique pega, a corrida, a amarelinha, a ginástica, a dança, o atletismo, o alongamento são colocados em momento de isolados e sem contexto, apenas para um aquecimento.

É uma realidade mais comum que imaginamos. Ainda vemos o professor desperdiçar o tempo da aula, dando uma bola aos alunos, para que eles joguem apenas o futebol e vôlei. O que provoca a exclusão dos outros alunos que não tem habilidade, não gostam de esporte, não sabem jogar ou até mesmo as meninas. Ainda exite muitos profissionais que não se preocupam em motivar ou incentivar nos alunos a vontade de superar seus medos, sua vergonha e seus pré – conceitos sociais. A educação física não se resume ao modelo esporte de alto rendimento, para formação futuros atletas.

A escola é um espaço privilegiado do aprendizado da cultura corporal. A prática da Educação Física não é engessada a uma única prática esportiva ou um único jeito de praticar e participar das aulas. O mais legal da aula é a inclusão do outro na atividade física, reforçando os laços de amizade e de afeto que fazemos com os amigos e professores. Desse modo, podemos nos sentir importante e participante na sociedade, sem discriminação ou exclusão.

Então, por que a educação física é vista na escola como uma disciplina complementar, menos importante que o português e matemática? Será que a educação física é apenas um momento de relaxar, descontrair, mexer no celular e ficar sem fazer nada? O que leva alguns alunos não gostarem das aulas de educação física? Vamos enumerar alguns pontos de reflexão: 
  • Expectativas diferentes entre professor e aluno. 
  • O professor não ajusta o espaço e material que tem para cada realidade.
  • Professor que não planeja as aulas.
  • Prática exclusiva dos esportes, da competição e da individualidade.
  • Centralidade nas disciplinas ditas intelectuais.
  • O professor acha que os alunos não gostam de aprender conteúdos novos.
  • Modelo tradicional de educação física.
  • Atitudes preconceituosas e excludente.
  • Falta de preparo e interesse do professor.
As aulas podem ser dinâmicas, estimulantes e interessantes. As aulas podem aproximar o que aluno sabe com interesse do professor para alcançar o mesmo objetivo. O professor é mediador do conhecimento, ele auxilia o aluno a ampliar sua experiência, vivência com a cultura corporal. Ele pode inovar e diversificar as aulas, sempre conversando e trocando ideias com o aluno, aliando as expectativas.

A aula de Educação Física é capaz de proporcionar atividades que possibilite o desenvolvimento motor, a socialização, a autonomia, a cooperação e a igualdade. Os exemplos de prática são inúmeras, alguns exemplos são os jogos, a dança, a música, a expressão corporal, a mímica, as gincanas, as leituras, os trabalhos em grupo, as dinâmicas em grupo, no uso de tv, dvd, nas pesquisas individuais, etc. Basta o professor e o aluno serem responsáveis pelo processo de ensino – aprendizado, com seriedade, compromisso e muita criatividade.
Vamos tentar incluir a todos? Esse é o desafio.

Referencial:
BETTI, Irene Conceição Rangel. Esporte na escola: mas é só isso, professor? Revista Motriz: v. 1, n. 1, pg. 25 a 31, junho de 1999.

Exercício de fixação 

01 – Onde ouvimos da importância da educação física para o aluno?

02 – Qual é a associação que o aluno faz com a disciplina de Educação Física?

03 – A prática do esporte é exclusiva da Educação Física Escolar? Porque?

04 – Como fica as outras atividades físicas na escola e quais são?

05 – Quem influência os alunos a pensar que Educação Física na Escola é esporte? E o que acontece quando é desperdiçado a aula com a prática exclusiva do esporte?

06 – Se a aula de Educação Física não é apenas esporte, como podemos mudar essa realidade?

07 – O que leva alguns alunos a não gostarem das aulas de Educação Física?

08 – Como as aulas de Educação Física podem ser desenvolvidas?

09 – Quais são os exemplos de atividades para o desenvolvimento das aulas de Educação Física? O que elas são capaz de proporcionar ao aluno?

10 – Quem são responsáveis pela aula de Educação Física?

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