sábado, 23 de março de 2019

A COOPERAÇÃO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ATRAVÉS DE JOGOS E BRINCADEIRAS

As aulas de Educação Física e as práticas de atividades físicas estão ligados, atualmente, ao modelo de competição, ou em determinar quem é melhor, ou quem é o vencedor, prevalecendo o sentimento de alegria para um e tristeza para o outro. É muito comum a competição ser usado como estímulo a participação de alguma atividade. Até funciona para alguns alunos e pessoas, mas não é regra e não funciona para todos, pois usa a exclusão dos menos habilidosos como fator de resolução dos problemas.

O que fazer para as outras pessoas que não foram estimuladas a participar, através da competição? Retirar, excluir da brincadeira? Julgar que esta pessoa não gosta? Não se interessa? Pronto tá resolvido, quem não quer, não participa? Pois é, são todos elementos competitivos, individuais e de exclusão, absorvidos das nossas relações humanas vivenciadas diariamente uns com os outros. E aparecem muito nas falas e nos discursos das pessoas. O que comprova porque os meninos são duas vezes mais ativos que as meninas. 


Os jogos cooperativos vem com outra proposta. Uma proposta de inclusão de todos e respeito aos diferentes nível de habilidades, da importância a coletividade, da alegria e satisfação de todos, todos podem vencer, onde todos são vencedores juntos e misturados. Quando pesquisamos na internet ou perguntamos a alguém podemos encontrar várias definições e pensamento sobre o tema. Veja abaixo as opiniões de alguns sites e de algumas pessoas.

São dinâmicas de grupo, que o principal objetivo é despertar a consciência de cooperação e promover efetivamente a ajuda entre as pessoas e aprender a considerar o outro que joga como um parceiro, e não como adversário. Podendo fazer com que a pessoa aprenda a se colocar no lugar do outro, e não priorizar apenas o seu lado, só o individualismo, a performance, o rendimento, a vitória, cópia do esporte competitivo que assistimos na TV.”

Os Jogos Cooperativos são jogos para unir pessoas, e reforçar a confiança em si mesmo e nos outros, as pessoas geralmente participam autenticamente, pois ganhar ou perder não é o que realmente importa, e sim o processo como um todo. Os jogos cooperativos resultam numa vontade de continuar jogando, e aceitar todos como são verdadeiramente.”

O jogo cooperativo pode ajudar as pessoas a se libertarem da competição, o que não é muito fácil, pois seu objetivo maior é a participação de todos por uma meta em comum, sem agressão física, e cada um no seu próprio ritmo, onde os problemas são resolvidos coletivamente, sem ninguém ficar para trás ou ser excluída, todos devem ser considerados importantes para a equipe.”

Os jogos cooperativos ajudam as pessoas a aprenderem a trabalhar em grupos, muito por não existir uma faixa etária específica em cada jogo, desde crianças até adultos. O que mais importa em jogos cooperativos é a colaboração de cada indivíduo do grupo, e o que cada um tem para oferecer no momento da atividade."

Neste tipo de jogo, é reforçada a noção de grupo, porque uma determinada tarefa é cumprida de forma mais eficaz com a ajuda dos vários elementos da equipe. Pode haver uma competição entre duas equipes ou haver apenas uma equipe.”


O vídeo apresenta dois exemplos de jogos cooperativos, a dança da cadeira e a travessia, e uma explicação bem bacana, do conceito, da aplicação, da competição nos nossos dias e as dificuldades de trabalhar em equipe. 

Nas nossas aulas de Educação Física, os jogos como pigue – corrente, nunca 4, salve bandeirinha, queimada, os 10 passes, tiveram como objetivo principal a cooperação mesmo que os alunos não tenham entendido isso nos jogos ou não tenham aplicado durante o jogo, pois tudo é um processo, um embate, uma reflexão e é difícil quebra o ciclo de competição.



terça-feira, 12 de março de 2019

MAIORIA DOS ADOLESCENTES SÃO SEDENTÁRIOS, UM TERÇO ESTÁ ACIMA DO PESO


Fernanda Bassette e Gabriela Cupani

Pelos critérios da OMS, menos da metade dos adolescentes brasileiros podem ser considerados ativos do ponto de vista físico. Quase 1/3 deles estão acima do peso. As causas apontadas para a inatividade vão do hábito de ficar em frente a TV, ao computador e celular, a falta de segurança para brincar na rua, a questão de gênero, baixa influência positiva em casa ou da mídia, desvalorização das práticas corporais na escola, entre outros.

O dado é de um estudo da Universidade Federal de Pelotas (RS) que avaliou 4.325 adolescentes entre 12 a 15 anos. Só 48% praticam os 300 minutos de atividade física semanal recomendado pela OMS, cerca de 01 hora por dia. E os meninos são duas vezes mais ativos do que as meninas. Os resultados podem ser semelhante para outros países, em uma pesquisa feita pela OMS, em 34 países, mostra que só 24% dos meninos e 15% das meninas preenchem os critérios mínimos recomendados.

Para chegar à conclusão, os pesquisadores brasileiros avaliam a prática de atividade física de lazer (como futebol, ciclismo, skate, etc) e atividade física de deslocamento e diária, que considera se o adolescente costuma ir à escola a pé ou de bicicleta ou subir escada ou limpar e varrer a casa, hábitos somados as práticas de atividade física, indica uma vida ativa ou não.

Segundo o educador físico, Samuel Dumith, autor do estudo, as aulas de educação física não foram consideradas porque elas não são feitas nem em quantidade nem em qualidade necessária para promover benefícios à saúde. “Os adolescentes não levam a educação físicas a sério e fazem os exercícios sem intensidade e regularidade indicada”.

A pesquisa mostra que 75% dos adolescentes fazem alguma atividade de lazer e que 73% deles caminham ou vão de bicicleta até a escola, o estudo provou que as duas ações juntas não alcançam o mínimo recomendado de exercício. Outros hábitos e estilo de vida também não são levados a sério ou não demonstram importância para o adolescente como atividade física, como subir e descer as escadas, passear com o cachorro, limpar a casa, lavar roupa, que manteria o corpo em movimento diário.

“Os adolescentes priorizam as atividades sedentárias, e isso é muito preocupante. Eles estão acima do peso e ficam, em média, quatro horas pro dia em frente a TV, ao videogame, ao computador, ao celular, enquanto se dedicam menos de um 01 hora por dia para os exercícios”, afirma Dumith.

Para Marlos Domingues, a falta de segurança explica parte dessa situação. Além disso, o nível de sedentarismo entre os pais também é alto, o que pode influenciar os hábitos dos adolescentes. “Já não se brinca na rua. A pessoa depende de alguém para levá – la às escolinhas de esportes”, diz Domingues, que é educador físico. Outras explicações podem estar relacionado ao tipo de exercício físico que é divulgado na nossa sociedade, por exemplo, o modelo competitivo, o culto ao corpo, a forma excludente e sexista, o baixo nível de conhecimento, como se quem não se adequar ao padrão social, não poderá praticar nenhum exercício físico, culpando o indivíduo e alimentando o sentido de fracasso.

Para ele, os resultados são “uma surpresa” porque, nessa faixa de idade, é difícil sofrer falta de tempo para justificar a pouca atividade. “A surpresa fica por conta da tragédia que esperamos daqui a alguns anos. Todos serão sedentários”, diz Timóteo Araújo, educador físico. Domingues concorda. “Os prejuízos à saúde só serão vistos mais tarde. A chance continuarem sedentários na idade adulta é altíssima”.

As surpresas não param por aí, os adolescentes sedentários representam um grupo de indivíduos potencialmente sedentários na vida adulta, o que os predispõem desde muito cedo às doenças crônicas não transmissíveis, como sedentarismo, obesidade, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares. As práticas corporais ensinadas no ambiente escolar não estão contribuindo para a quebra do ciclo e estão intimamente relacionadas aos hábitos adquiridos pelos adolescentes, acompanhado com os problemas da modernidade e estilo de vida consumista, conforto e comodidade, que estão aparecendo cada vez mais cedo nas novas gerações.


OMS: 80% DOS ADOLESCENTES NO MUNDO NÃO PRATICAM ATIVIDADES FÍSICAS SUFICIENTES

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou neste ano de 2018, um novo plano para aumentar a prática de atividades físicas até 2030. Em todo o mundo, 20% dos adultos e 80% dos adolescentes não praticam exercícios com frequência e intensidade adequada para sua faixa etária. O Sedentarismo pode agravar riscos de doenças crônicas não transmissíveis.

Atualmente, a agência da ONU recomenda que crianças e adolescentes de 05 a 17 anos pratiquem pelo menos 60 minutos diários de atividade física — moderada a intensa. Pelo menos três vezes na semana, os exercícios devem incluir atividades que fortaleçam os músculos e os ossos, que contemple grandes grupos musculares. É possível combinar exercícios que exigem mais ou menos do corpo.

Quatro em cada cinco jovens de 11 a 17 anos são considerados insuficientemente ativos pela OMS. Entre os adultos, a prática de atividade física moderada deve chegar a pelo menos 150 minutos ao longo da semana, ou de 75 minutos de duração, caso a pessoa prefira atividades intensas. Para a OMS uma pessoa sedentária é aquela que não faz nenhum exercício física regularmente ou se caracteriza pela falta de atividade física regular, que seja acima do nível de repouso, como dormir ou ficar sentado assistindo TV ou na frente do computador, são exemplos de baixo gasto energético e de inatividade física regular.

Ser ativo é fundamental para a saúde. Mas no mundo moderno, isso está se tornando cada vez mais um desafio, em grande parte porque nossas cidades e comunidades não são projetadas da maneira correta”, afirmou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus. “Precisamos de líderes em todos os níveis para ajudar as pessoas a terem uma vida mais saudável. Isso funciona melhor em nível de cidade, onde a maior responsabilidade é criar espaços mais saudáveis.”

A OMS alertou que alguns grupos populacionais têm menos oportunidades de terem uma vida mais ativa, como por exemplo, as meninas, mulheres, pessoas idosas, com menos recursos financeiros, com deficiências e doenças crônicas, populações marginalizadas e povos indígenas.

O sedentarismo é mais do que um desafio para a saúde. Globalmente, a inatividade física custa 54 bilhões de dólares em assistência médica direta. Do montante, 57% ficam a cargo do setor público. Outros 14 bilhões de dólares em perdas econômicas são atribuídos a quedas de produtividade.

A atividade física regular é fundamental para prevenir e tratar doenças crônicas não transmissíveis, como a obesidade, a cardíaca, acidentes vasculares cerebrais, diabetes, câncer de mama e de colo do útero. Essas enfermidades são responsáveis por 71% de todas as mortes no mundo, incluindo as mortes de 15 milhões de pessoas por ano com idade entre 30 e 70 anos.

Você não precisa ser um atleta profissional para ser ativo. Usar as escadas em vez do elevador faz a diferença. Ou andar e usar a bicicleta em vez de dirigir até a padaria do bairro. São as escolhas que fazemos todos os dias que podem nos manter saudáveis. Os líderes devem ajudar a tornar essas escolhas mais fáceis”, acrescentou Tedros.

O plano global da OMS visa aumentar a prática das atividades físicas em 15% até 2030. A estratégia aborda 20 áreas políticas para tornar espaços públicos mais propícios à prática de exercícios para pessoas de todas as idades e habilidades. Objetivo é incentivar mais caminhadas, ciclismo, esportes, recreação ativa, dança e jogos.

A OMS também está lançando uma campanha de conscientização no mundo todo: Sejamos ativos: todos, em todos os lugares, todos os dias. Iniciativa encoraja os governos e as autoridades municipais a estimular a prática de atividades físicas entre a população. O projeto realizou a primeira caminhada da OMS em 20 de maio, em Genebra, às vésperas da Assembleia Mundial da Saúde, ao atrair mais de 4 mil pessoas para uma Corrida de rua.


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