segunda-feira, 27 de maio de 2024

Da caminhada na escola a um programa de caminhada



Vamos realizar uma vivência de caminhada pelos ambientes da escola, tomando as seguintes recomendações e os cuidados ao caminhar: a respiração deve ser da forma mais natural possível, seguindo as necessidades do próprio corpo, independentemente de ser pelo nariz ou pela boca. Caso se sinta cansado e com dificuldade de respirar, diminua a intensidade, mas não pare a caminhada, até a respiração se coordenar.

Devemos nos preocupar primeiro em deixar o ritmo respiratório constante e confortável, concentrando-se na expiração, quando soltamos o ar, pois permitirá mais remoção de CO2 e inalações mais profundas de oxigênio. Iremos verificar os batimentos cardíacos a cada cinco minutos. O pulmão e o coração são os orgãos que primeiro são ativos durante a caminhada. O pulmão leve o oxigênio para o coração na circulação pequena e por sua vez o coração acelera para enviar o mesmo oxigênio para os músculos, na circulação grande.

A atividade-desafio: o programa de caminhada, pode ser ampliada de acordo com o interesse da turma (por 15 ou 30 dias).

Objetivos:

• Calcular a própria FCM e verificar os batimentos cardíacos por minuto, em repouso e durante a caminhada, percebendo a variação da frequência cardíaca (FC).

• Reconhecer a caminhada como uma prática corporal da ginástica de condicionamento físico, bem como os benefícios decorrentes da sua prática regular. 

• Identificar as sensações corporais experimentadas durante a proposta.

Materiais

• Cronômetro, frequencímetro (opcional), caderno para anotações e garrafa de água.

Procedimentos

Esta proposta será realizada em três etapas: as duas primeiras devem ser feitas na aula de Educação Física, na escola, e a terceira deve ser feita em casa, para dar continuidade ao aprendizado.

1. Cálculo da FCM e verificação da FC

Vamos calculer a FCM subtraindo de 220 a sua idade e anotem o resultado no caderno. Em seguida, explique como verificar a FC, expressa pelos batimentos cardíacos por minuto:

• Pulsação radial: basta colocar os dedos indicador e médio estendidos sobre o pulso, logo abaixo da base do dedo polegar, pressionando levemente até sentir a pulsação.

• Pulsação carótida: deve-se colocar os dedos indicador e médio estendidos na lateral do pescoço, próximos da artéria carótida, e pressionar levemente até sentir a pulsação.





• Frequencímetro (monitor cardíaco): serve para medir e controlar os batimentos cardíacos de uma pessoa durante a prática da atividade física.

Cronometre um minuto enquanto os estudantes descobrem a FC deles em repouso por meio da pulsação radial ou carótida, comparando-a com os valores abaixo e anotando-a no caderno. A FC ideal em repouso varia de acordo com uma série de características, entre elas a idade:

• de 0 a 2 anos – entre 120 e 140 bpm;

• de 8 a 17 anos – entre 80 e 100 bpm;

• adulto sedentário – entre 70 e 80 bpm;

• adultos praticantes de atividades físicas e idosos – entre 50 e 60 bpm.

2. Caminhada com duração de 20 minutos

Vamos caminhar por 20 minutos na quadra ou em outros ambientes da escola, medindo a FC a cada 5 minutos, ao seu comando de voz, para verificar qual intensidade de esforço está sendo atingida e anotá-la no caderno.

Oriente os estudantes a caminhar com passos curtos e rápidos, garantindo maior cadência de passos, a variar os terrenos (piso, grama, rampas, escadas etc.), verificando se o nível de esforço também se alterna, e a hidratar-se, quando necessário.

3. Programa de caminhada

O desafio aqui é atingir a regularidade, fundamental para os programas de exercícios físicos, para a saúde e para a qualidade de vida. A seguir, há uma sugestão de desafio baseado nas recomendações relacionadas à frequência e à duração. Sugira aos estudantes que, de acordo com a própria condição física e objetivos, escolham a zona de treinamento entre 60% e 80% da sua FCM. 


Esse desafio deve ser realizado por uma semana, descobrindo as sensações e as alterações corporais experimentadas e anotando-as no caderno, assim como a média da FC em cada dia de treino. Depois, iremos compartilhar as informações com os colegas em grupos de quatro estudantes, comparando-as e discutindo-as.

Saiba mais sobre o sistema circulatório:

O sistema circulatório ou cardiovascular é muito exigido em exercícios de resistência aeróbica pelo fato do corpo precisar de oxigênio e nutrientes para permanecer no exercício. O sistema circulatório é formado pelo coração e vasos sanguíneos, é responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para as diversas partes do corpo.

A circulação sanguínea corresponde a todo o percurso do sistema circulatório que o sangue realiza no corpo humano, de modo que no percurso completo, o sangue passa duas vezes pelo coração. Esses circuitos são chamados de pequena circulação e grande circulação. 

A pequena circulação ou circulação pulmonar consiste no caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e dos pulmões ao coração. Assim, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo.

Já nos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio. Por fim, o sangue arterial (oxigenado) é levado dos pulmões ao coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo.

A grande circulação ou circulação sistêmica é o caminho do sangue, que sai do coração até as demais células do corpo e vice-versa. No coração, o sangue arterial vindo dos pulmões, é bombeado do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo. Do ventrículo passa para a artéria aorta, que é responsável por transportar esse sangue para os diversos tecidos do corpo.

Assim, quando esse sangue oxigenado chega aos tecidos, os vasos capilares refazem as trocas dos gases: absorvem o gás oxigênio e liberam o gás carbônico, tornando o sangue venoso. Por fim, o sangue venoso faz o caminho de volta ao coração e chega ao átrio direito pelas veias cavas superiores e inferiores, completando o sistema circulatório.

Referêncial: 

Da caminhada na escola a um programa de caminhada. In: Se Liga na Educação Física: 8º ano. São Paulo: Moderna. pg 74 a 77.

https://www.todamateria.com.br/sistema-circulatorio/ 


domingo, 26 de maio de 2024

Esportes Olímpicos e Megaeventos

Anéis Olímpicos 
(Fonte: https://iccnatalrn.blogspot.com/2016/08/o-que-siginifcam-os-simbolos-olimpicos.html)

Os Jogos Olímpicos são considerados megaeventos por alcançam um público de participantes acima de 10.000 atletas. É um evento suis generis, que inclui ambos gêneros, com 35 modalidades, com caráter singular e tem periodicidade própria, a cada 4 anos. Reúne esportistas de vários países com intuito de demonstrar e viver a paz, a amizade, o relacionamento entre os povos e o espírito olímpico. No espírito olímpico “Citius, Altius, Fortius” é uma expressão latina que significa: o mais Rápido, o mais Alto, o mais Forte. A essência da frase está na superação de limites, proposta aos atletas que competem nos jogos. A frase é atribuída ao Padre Henri Dion, que ensinava esportes nos arredores de Paris e era amigo do Barão de Coubertin. O lema dos Jogos Olímpicos é “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade” e os valores olímpicos que inspiram os atletas durante a sua jornada esportiva, são os valores olímpicos, a amizade, o respeito, a excelência.

De acordo com a mitologia grega, o herói Hércules criou as Olimpíadas por volta de 2.500 a.C., na Grécia antiga, para homenagear o pai dele, chamado Zeus. Entretanto, os primeiros registros históricos das Olimpíadas são de 776 a.C., quando os atletas vencedores começaram a ter seus nomes registrados. Nessa época, os reis de Ilia, de Esparta e de Pissa aliaram-se para que, durante os jogos, houvesse trégua sagrada em toda a Grécia. A aliança foi realizada no templo de Hera, localizado no santuário de Olímpia. Essa é a origem do termo “Olimpíadas”.

Nos jogos da antiguidade havia-se a reunião de atletas das cidades/estados gregas na cidade de Olímpia, na Grécia, para competirem nas modalidades de luta, boxe, corrida de cavalos, atletismos e pentatlo, muito comum naquela época. Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros, um status muito importante. Os jogos eram instrumentos de promoção de paz, união, respeito pelas regras e pelos adversários. 

Na época da ascensão do Império Romano sobre a Grécia e com a utilização do cristianismo como religião oficial, os Jogos Olímpicos começaram a perder sua reputação. Em 393 d.C., o imperador romano Teodósio I, um cristão devoto, proibiu todas as práticas pagas, incluindo os Jogos Olímpicos. Durante mais de mil anos, os jogos caíram no esquecimento, sendo lembrados apenas como parte da história antiga. O interesse nos Jogos Olímpicos foi redescoberto no final do século XIX, durante uma era de crescente nacionalismo e revitalização cultural na Europa. 

O educador francês Barão de Coubertin, considerado o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, no ano de 1890, passou a defender a revivificação dos Jogos Olímpicos. Ele acreditava que o esporte tinha o poder de promover a paz e a compreensão internacional. A primeira edição das Olimpíadas da era moderna, foi em Atenas, em abril de 1896, com 285 atletas de 13 países disputando as provas de atletismo, esgrima, luta livre, ginástica, halterofilismo, ciclismo, natação e tênis, pois as modalidades coletivas não eram muito praticadas e nem um pouco populares. Os vencedores das provas eram premiados com a medalha de ouro e ramo de oliveira. Os Jogos Olímpicos passarama ser realizados de quatro em quatro anos, à exceção de 1914 e 1918 e 1939 e 1945, quando ocorreram a Primeira e Segunda Guerra Mundial, respectivamente, e também em 2020, devido à pandemia da Covid-19.

A importância dos jogos está vinculado no despertar do interesse da população pelas práticas esportivas e no significado cultural. Na Grécia Antiga, os jogos era uma forma de celebração religiosa dedicada aos deuses do Olimpo. Uma grande oportunidade de honrarem suas realizações e demonstrarem sua devoção através da excelência atlética. Além, do aspecto religioso tinha também o evento social e cultural. Os jogos ofereciam uma plataforma para reunir as pessoas de diferentes cidades-estados gregas, promovendo a paz e a unidade. Os jogos foram uma ocasião para as pessoas encontrarem, trocarem ideias e celebraram sua herança comum. Havia, festivais, banquetes e competições artísticas, incluindo música e poesia, que complementavam as competições atléticas. 

Nos tempos modernos, os Jogos Olímpicos continuam a ser um evento cultural significativo. Eles promovem a diversidade e a inclusão, reunindo atletas de diferentes origens culturais, étnicas e nacionais. A abertura dos jogos é um espetáculo cultural que celebra a história e a cultura da nação anfitriã. Além disso, os Jogos Olímpicos modernos servem como uma plataforma para promover valores olímpicos e o hábito de praticar um esporte com regularidade. Além disso, passa uma mensagem de união entre as nações. Mesmo que elas compitam entre si, há um espírito de fraternidade entre os atletas de todo o mundo. 

As características do esporte olímpico é que constantemente são acrescidas novas modalidades nas Olimpíadas. Nas olimpíadas de Tóquio, 2021, foram no total 46 modalidades como o skate, o surfe, escalada, o karatê e o Baseball/softball. Para as olimpíadas de Paris em 2024, teremos novas modalidades como o Breakdance, canoagem slalom extremo e uma inédita igualdade de gênero entre os atletas convocados. Há muitas modalidades que ficam de fora, na maioria das vezes, por não cumprirem as regras do Comitê Olímpico Internacional (COI). Por exemplo: o esporte precisa estar regulamentado por uma associação internacional. Também deve haver um número mínimo de países e continentes em que ele deve ser praticado profissionalmente, tanto por homens quanto por mulheres. 

Os Jogos Olímpicos são um evento multiesportivo mundial com modalidades de verão e de inverno, em que milhares de atletas participam de várias competições. Atualmente, os Jogos são realizados a cada dois anos, em anos pares, com os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno se alternando. Ainda existem os Jogos Paraolímpicos que envolvem pessoas com deficiências. 

O esporte para pessoas com deficiência física (PcD) teve início após a 1ª guerra mundial (1914-1918), devido ao grande número de lesões e amputações causadas em combate. Em 1918, soldados alemães com deficiência adquirida após a primeira guerra mundial, começaram a praticar as modalidades de Tiro e Arco e Flecha. A prática esportiva tinha um caráter de recreativo e de reabilitação, mas com o crescimento do número de praticantes, foi organizado um campeonato para homenagear estes heróis de guerra e divulgar o trabalho que estava sendo feito. Foi então idealizado os I Jogos de Stoke Mandeville, em 29 de Julho de 1948, para uma demonstração de tiro com arco com atletas em cadeiras de rodas, com 14 homens e 2 mulheres. O grande marco das Paralimpíadas foi em 1958, graças ao Dr. Ludwig Guttmann, quando o governo italiano preparava-se para sediar as Olimpíadas de 1960 em Roma, com cerca de 400 atletas portadores de deficiência de 23 países. Atualmente são 22 modalidades para as deficiências mental, visual e motora, com os valores paralímpico como a determinação, a igualdade, a superação, a inspiração e a coragem. Os Jogos Paralímpícos acontecem duas semanas após os Jogos Olímpicos, e nas mesmas instalações. 

Algumas curiosidades são, por exemplo, a participação do Brasil nas Paralimpíadas de Tóquio 2020, com a conquista 373 medalhas, sendo 109 de ouro, 132 de prata e 132 de bronze. O nadador brasileiro Daniel Dias é o atleta que possui o maior número de medalhas, totalizando 27 ao longo de suas participações nos Jogos Paralímpicos (Pequim 2008, Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2020). Em 2014, o Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Paralímpicos de Inverno, na Rússia, com dois atletas nas modalidades snowboard e esqui cross-country. 

Desse modo, as Olimpíadas encorajam o intercâmbio educacional e humanitário entre países e têm o papel de incentivar a união entre as pessoas. O símbolo oficial é um exemplo disso, cinco anéis aparecem interligados sobre um fundo branco na bandeira olímpica, representando a união dos cinco continentes. As cores azul, amarelo, preto, verde e vermelho foram escolhidas por serem comuns às bandeiras dos países membros do Comitê Olímpico. 

Referencial bibliográfico:

Silva, Rodrigo Pereira da; Gonzalez, Jane da Silva. Os Jogos Paraolímpicos: o contexto histórico e atual. Grupo de Pesquisa em Estudos Olímpicos Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Brasil.

As olimpíadas. Disponível em: <https://www.tudosaladeaula.com/p/edfisica.html>. Texto adaptado e acessado em 25 de abril de 2024.

Paralimpíadas: história e modalidades. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/paralimpiadas/>. Acessado em 25 de abril de 2024.

As olimpíadas. Disponível em: <http://www.suapesquisa.com/olimpiadas/>. Acessado em 28 de julho de 2016.

Os esportes olímipicos da era moderna. Acessado em: <http://www.educacaofisica.com.br/esportes/jogos-olimpicos2/i-jogos-olimpicos-da-era-moderna-atenas-1896/>. Acessado em 28 de julho de 2016.

Símbolos Olímpicos. Disponível em: <https://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/simbolos-olimpicos.htm>. Acessado em 22 de abril de 2024.

http://www.rio2016.com. Acessado em 29 de julho de 2016.

Valores olímicos e paralimpicos para toda a vida. Acessado em: <http://www.esporteessencial.com.br/memoria-olimpica/valores-olimpicos-e-paralimpicos/valores-para-toda-a-vida>. Acessado em 28 de julho de 206.

Vinícius e Tom são os nomes escolhidos para os mascotes de 2016. Disponível em: <http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2014/12/vinicius-e-tom-sao-os-nomes-escolhidos-para-os-mascotes-de-2016.html>. Acessado em 25 de abril de 2024.

http://professor-josimar.blogspot.com.br/2008/08/os-smbolos-olmpicos-e-seus-significados.html

https://www.mundoeducacao.uol.com.br

https://www.todamateria.com.br

https://pt.wikipedia.org/all.accor.com


ATIVIDADE SOBRE O QUE VOCÊ APRENDEU:

1. NÃO representa um dos objetivos dos Jogos Olímpicos a alternativa:

a) Contribuir na construção de um mundo melhor.

b) Incentivar a competição sadia entre as nações.

c) Promover a serenidade em períodos de guerras.

d) Desenvolver a união e o respeito entre os países.


2. Quem é o responsável pela fundação dos Jogos Olímpicos na era moderna?


3. O trecho: “O importante não é vencer, mas competir.”, significa que:

a) o atleta deve vencer a qualquer custo.

b) competir é mais admirável que vencer.

c) não se deve aceitar uma derrota nos jogos.

d) o importante é não ganhar numa competição.


4. Localize as seguintes informações no texto:

a) Segundo a mitologia grega, ele criou os jogos olímpicos:  ____

b) Deus homenageado com a criação dos jogos olímpicos:  ____

c) Lugar relacionado à origem do termo “Olimpíadas”:  ____

d) Razão da trégua sagrada em toda a Grécia:  ____


5. Sobre o texto, indique a afirmativa FALSA:

a) Quatorze países participaram da primeira olimpíada ocorrida em 1896.

b) Os Jogos Olímpicos são realizados normalmente de quatro em quatro anos.

c) A pandemia do Novo Coronavírus afetou a realização dos Jogos Olímpicos em 2020.

d) Atenas foi o país que primeiro sediou os jogos olímpicos.


6. NÃO é uma virtude dos jogos olímpicos:

a) a solidariedade, a amizade, o respeito, a excelência.

b) a harmonização, a igualdade, a superação.

c) a exaltação, vitória, competir com respeito.

d) a integração, a inspiração e a coragem.


7. Quantas são as modalidades dos jogos olímpicos de Tóquio 2020? Escreva o nome de 5 delas.


8. De acordo com o texto, o que são necessários para uma modalidade esportiva tornar-se numa competição oficial dos jogos olímpicos?


9. O que são jogos paraolímpicos? Quais são as virtudes desses jogos?


10. Qual é a deficiência que não está presente nos Jogos Olímpicos?

a) Motora

b) Visual

c) Auditiva

d) Mental


11. O símbolo oficial dos jogos olímpicos está associado a um sentimento de:

a) unidade.

b) ternura.

c) entusiasmo.

d) cuidado.


12. Quais são os símbolos olímpicos e paralímpicos?


13. Quais as novidades para as olimpíadas de Paris, em 2024?


14. Quais são as modalidades paralímpicas? Qual era o objetivo dos jogos? Quando acontecem os jogos paralímpicos?


15. Qual é a importância dos Jogos Olímpicos e Paralimpicos para a sociedade?


Jogos Olímpicos de Paris 2024

(Fonte: https://www.mercadonegro.pe/publicidad/diseno/presentan-el-logo-de-los-juegos-olimpicos-paris-2024/)






segunda-feira, 6 de maio de 2024

A midiatização do esporte

 

(Fonte: o que é mídia? https://bid.meetbirmingham.com/la/o-que-e-midia-digital.html)

O caráter “espetacular” do fenômeno esportivo parece estar presente desde suas origens mais remotas. A presença do “público” nas competições foi parte inextricável dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, e mesmo competições rituais em sociedades ditas “primitivas”, como a corrida de toras praticada entre grupos indígenas brasileiros [...] também são eventos públicos, em que os “melhores” de cada grupo, clã ou tribo “representam” o grupo na competição, que assiste e incentiva seu desempenho.

Hoje em dia, é inconcebível pensar o universo do esporte espetáculo sem a sua apropriação midiática. Na gênese histórica do mundo contemporâneo, é interessante notar o surgimento quase concomitante do esporte moderno e dos meios de comunicação de massa, em fins do século XIX. Por exemplo, a primeira Olimpíada da era Moderna (1896) foi realizada no ano seguinte à primeira sessão pública de cinema (1895); a Copa do Mundo de 1938 ensejou a primeira transmissão de rádio intercontinental, enquanto a Copa de 1998 foi também a ocasião da primeira transmissão internacional de televisão de alta definição (HDTV). Esporte e mídia: dois filhos diletos da Modernidade.

[…]

A transmissão de um jogo de futebol pela televisão “mimetiza” esta experiência de estar no estádio com um radinho de pilha ao ouvido. As diferentes câmaras acompanham as jogadas (ou outros lances) enquanto a voz em off do locutor define o que está acontecendo. É evidente que as duas experiências são diferentes: no estádio, o torcedor experimenta o compartilhar de um mesmo evento com milhares de outras pessoas, torna-se massa, dissolve-se na “torcida” de seu time, enquanto em sua casa, assistindo televisão, tal fenômeno social coletivo praticamente não ocorre, salvo em circunstâncias muito especiais, como no momento de um gol importante, por exemplo.

Originalmente uma atividade para ser “praticada”, o esporte tornou-se, com o surgimento e o crescimento da comunicação de massa, cada vez mais um “espetáculo” para ser “assistido”, visando a um consumo massificado. Essa incorporação do esporte pela indústria cultural gera um divórcio entre prática e consumo, já que não é necessário ter praticado um esporte para assisti-lo pela televisão e (numa espécie de “grau zero da competência esportiva”) emocionar-se com a ansiedade pelo resultado. A veiculação dos eventos esportivos (nos quais os jogadores são, em geral, profissionais) gera um aumento no número de “leigos”, que necessitam “compreender” o que há para ser visto, criando, assim, uma demanda por “comentaristas” (muito frequentemente ex-jogadores) que, com sua competência específica no assunto, “traduzem” os lances do jogo em termos técnicos e táticos, reforçando, pela oposição aos “leigos”, o primado do profissionalismo.

[...]

Evidentemente, a veiculação pretende ser (e se afirma) “fiel aos fatos”, mas mesmo uma transmissão de televisão ao vivo, em cores, via satélite é, em si, uma representação. [...] sob o ponto de vista da televisão, o jogo acontece somente onde está a bola. Na transmissão de TV, ninguém tem a visão global do espaço de jogo que o espectador presente ao estádio tem. No início das transmissões de jogos de futebol pela televisão, uma única câmara fixa acompanhava de longe as jogadas. Atualmente, mesmo com as dezenas de diferentes câmaras, fixas e móveis, espalhadas pelo campo salientando diversos aspectos do jogo, ainda continua a existir esta construção narrativa, esta metarrepresentação do evento esportivo. As imagens que vão ao ar são escolhidas conforme uma codificação própria do veículo (por exemplo, replays de um gol sob diversos ângulos).

[…]

Se com referência à imagem ao vivo já ocorre este processo de articulação de significado, ele ainda é mais evidente quando se levam em conta a narração e os comentários acerca do jogo, tanto na transmissão de TV e rádio quanto nos jornais do dia seguinte. É evidente que não é “privilégio” do futebol ter significados construídos pela mídia. Ela opera esta mediação como regra, construindo uma “noção de realidade” própria, que evidencia determinados fatos sob determinados enfoques, em detrimento de outros.

GASTALDO, Édison. A arquibancada eletrônica: questões sobre futebol, mídia e a sociabilidade no Brasil. In: COMPÓS, 29., 2004. Anais eletrônicos... Campo Grande: UFMS, 2004. Disponível em: <http://www.compos.org.br/data/biblioteca_571.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2020. Retirado do livro: VÁRIOS AUTORES. Se liga nas linguagens. São Paulo: Moderna, volume experimenta dialogar. 2020. p. 105 a 107.


Papo aberto

1. Quais são as duas palavras-chaves que norteiam o debate no texto, da qual, estão articuladas?

2. Existe algum esporte que você não pratica, mas que acompanha regularmente pelos meios de comunicação? Qual é o esporte e qual é o meio de comunicação?

3. Como é a experiência de assistir a esportes pelos meios de comunicação? Qual é a importância da cobertura midiática em cada caso?

4. Desde quando o esporte passou a ser tratado como espetáculo?

5. Considere novamente esta afirmação do texto para responder às questões a seguir.

Evidentemente, a veiculação pretende ser (e se afirma) “fiel aos fatos”, mas mesmo uma transmissão de televisão ao vivo, em cores, via satélite é, em si, uma representação.

a) Por que a transmissão esportiva ao vivo pela televisão é considerada uma forma de representação?

b) É possível afirmar que essa representação veiculada pela transmissão televisiva do esporte é neutra? Por quê?

c) Qual é a principal diferença, apontada pelo autor, entre as experiências de assistir a um jogo pela televisão e de ser parte do público, no estádio?

6. O caráter “espetacular” do fenômeno esportivo parece estar presente desde suas origens mais remotas. Hoje em dia, é inconcebível pensar o universo do esporte espetáculo sem a sua apropriação midiática. (…) Originalmente o esporte que é para ser “praticada”, tornou-se, com o surgimento e o crescimento da comunicação de massa, cada vez mais um “espetáculo” para ser “assistido”, visando a um consumo massificado. Esporte e mídia: dois filhos diletos da Modernidade. Qual transformação de sentidos ocorre quando o esporte é apropriado pela mídia?

a) Caracterizam-se como pessoas que não tiveram experiências práticas de um determinado esporte, mas que o acompanham pelos meios de comunicação.

b) Passa de uma atividade voltada à prática para ser consumida em larga escala, ou seja, o esporte passa a ser um espetáculo visto por muita gente ao mesmo tempo, a partir, do surgimento dos meios de comunicações em massa como rágio, TV e internet.

c) Constrói-se a ideia de “leigos” esportivos que precisam compreender os eventos esportivos criando demanda dos comentaristas. Na condição de especialistas, eles interpretam ou traduzem a experiência do esporte para os “leigos”.

d) A prática e o consumo passam a existir de forma separada e independente, assim, as pessoas não precisam ser praticantes de um esporte para serem suas consumidoras.

e) Que no estádio a experiência é coletiva, na medida em que as pessoas assistem ao jogo juntas, torcem, comemoram, cantam etc. No jogo visto pela televisão, essa dimensão em geral não ocorre, individualizando a experiência do espetáculo esportivo.

FUTEBOL DE 5 OU FUTEBOL PARA CEGOS?

O futebol de 5 brasileiro Introdução O futebol para deficientes visuais, também conhecido como futebol para cegos ou futebol de 5, é uma a...