domingo, 6 de maio de 2018

DO GIBI PARA O CINEMA: os meios de comunicação




Os meios de comunicação de massa são os meios, instrumentos e/ou ferramentas de comunicação e divulgação das informações produzida pela sociedade, tais como, rádio, jornais, televisão, cinema e internet. A comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único emissor. A televisão e o cinema são formas de transmissão e divulgação de uma série de informações determinadas pelas empresas que dominam o mercado capitalista. Existe, por trás dessas ideias, o interesse em aumentar os lucros, atingir às exigências dos patrocinadores parceiros e interesses políticos da elite.

Na década de 70, o Brasil vivia um regime militar, com a censura aos meios de comunicação, com prisões, torturas, assassinatos, cassação de mandatos, banimento do país, espalhando o medo e a violência contra as pessoas que não aceitavam o que regime ordenava. Para amenizar essas crises, o governo do presidente Médici (1969 – 1974) direcionou os olhares para o futebol, desviando a atenção da população dos conflitos políticos da época através da expansão da televisão. O objetivo era que, ao invés das pessoas saírem às ruas para participar de manifestações políticas, ficariam em suas casas torcendo pela seleção brasileira numa “corrente pra frente”. O governo militar utilizou-se da vitória da seleção, no mundial de 1970, para desviar a atenção da crise econômica, dos problemas sociais e políticos e, principalmente, das atitudes autoritárias relacionadas às torturas, perseguições e mortes, frequentes naquele período triste de nossa história.

Nos Estados Unidos da América a Guerra Fria (1945 – 1991) travada com a Ex – União Soviética (Rússia) foi marcado por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o conflito militar direto. Nesse cenário surgiu os super – heróis nos gibis, depois na televisão e agora no cinema, com a criação da Marvel Comic’s (1961, com o primeiro gibi). Os fatos eram inspirados na realidade vivida da época. Era um forma de contar a história, uma versão norte – americana, tendenciosa e parcial. As histórias contam sempre a disputa vivida pelos E.U.A e a Ex – União Soviética. As cores da bandeira americana estão sempre presente, o forte apelo patriota e nacionalista americana, a tendência de influenciar quem é o vilão e quem é o mocinho. Apresenta uma visão parcial dos fatos, imaginativa, segura, confortável, super tecnológica e acima da média tendenciosamente americana. Este tipo de expressão construído nas histórias em quadrinho mascaram a crueldade e as mortes ocorridas durante a guerra. Existe um apelo emocional para justificar as mortes dos soldados, iniciar uma nova guerra, manter a poder, a riqueza e a influência política, econômico e militar no mundo,

O gibi, a televisão, cinema, a revista, rádio, a internet, são usados pelo governo e pela classe dominante como meio para desfaçar e desviar a atenção da população para os problemas sociais. No caso do futebol, no Brasil, o interesse do governo foi distrair a população, “aliviar” consequências da instabilidade política do país. O futebol e as histórias em quadrinhos têm um papel importante para a transmissão da ideia de cada governo, para manter o controle social da classe dominante e aumentar o patriotismo fiel da classe dominada.

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