Os
meios de comunicação de massa são os meios e instrumentos mais
populares de divulgação das informações. A televisão, em
especial, tornou-se um meio de comunicação de massa, a partir do
momento que o domínio da nova tecnologia possibilitou à maioria das
pessoas acesso aos aparelhos de TV.
A
televisão é uma das
formas de transmissão que atinge grande parte dos lares brasileiros,
divulgando uma série de informações, determinadas por seus
programadores e/ou patrocinadores. Existe uma série de critérios,
que visam atingir às exigências dos patrocinadores, além de
interesses políticos e ideológicos da elite, como por exemplo, o
futebol no Brasil.
Na
programação a ser exibida, o futebol ocupa um lugar central, por
vários fatores que contribuem aos objetivos da televisão. A mídia
televisiva em suas programações, objetiva adquirir sempre maior
público. Para isso, as emissoras de televisão procura transformar
as transmissões esportivas em atrações que beiram ao espetáculo.
Essa forma moderna de transmissão tem feito o telespectador ter a impressão de estar sempre acompanhando o espetáculo no local onde está sendo realizado, dada a gama de possibilidades de visualização dos lances, sendo que, às vezes, em melhores condições do que aqueles que estão no local. A televisão destina, ao esporte, horários diversificados de transmissão, procurando atender, quase sempre, a lógica mercadológica imposta às transmissões. Essas transmissões compõem um quadro de programação, em que existem infinidades de atrações, desde filmes até telenovelas.
Se
observar a qualidade dessas transmissões, você verá que a
televisão tem como aspecto principal a informação já bastante
simplificada. Isso significa reportagens curtas, de fácil
entendimento, e que proporcionem ao público uma sensação de
agradabilidade ao assistir. Mas o que essas características têm em
comum com o esporte em geral e, especificamente, com o voleibol ou
com o futebol?
A
programação da televisão não deve ser maçante ou entediante.
Deve proporcionar ao público novas emoções e sensações a todo
instante. O voleibol, assim como qualquer esporte, não possui enredo
pré – definido, ou seja, não se sabe qual será o desenvolvimento
completo do jogo (ainda que os resultados possam ser manipulados, mas
aí só se saberia a priori o resultado dos acontecimentos por um
pequeno grupo de “interessados”). Isso já atinge o objetivo
voltado para a criação de novas sensações a todo momento, uma
espécie de imprevisibilidade.
Outra
questão interessante, que você pode perceber no voleibol e atinge
as perspectivas da televisão, é a previsibilidade de tempo do jogo.
Perceba na programação da televisão, tudo tem tempo estipulado,
devendo seguir as determinações. Neste sentido, esportes que
possuam uma previsibilidade são interessantes para a televisão. Já
imaginou uma partida de tênis? Chega a durar 4 horas, como ficariam
os quadros de programação geral da emissora?
O
voleibol teve a oportunidade de ampliar sua “popularidade” por
meio da espetacularização efetuada na televisão, e, com isso,
divulgar os produtos dos novos patrocinadores que começavam a se
interessar pelo esporte. O processo de transição do esporte
transformado em espetáculo por meio das mudanças de suas regras
para “garantir o público consumidor”.
A
partir das relações entre os clubes, confederações e
organizadores de torneios vinculados aos interesses das emissoras de
TV, o voleibol se transformou em esporte espetáculo, cujo objetivo
tem por trás da diversão, e simples competição, o incentivo ao
consumo de grandes marcas esportivas, produtos variados, formas e
estilos de vida, modismos e ideias.
Nesse
contexto, o voleibol, com a ajuda da televisão e o interesse de
outros agentes envolvidos (dirigentes, técnicos, jogadores, etc.)
passou de um esporte pouco conhecido, voltado para as classes mais
abastadas, a um esporte “popular”, conhecido e praticado por
pessoas de todas as classes sociais e de todas as regiões do Brasil.
Tornou-se um empreendimento, marca registrada que rende milhões
anualmente.
Referencial:
Vários autores. Educação Física. Curitiba: SEED/PR, 2006, 37 a 43
p.
Nenhum comentário:
Postar um comentário