quarta-feira, 20 de junho de 2018
VOLEIBOL: HISTÓRIA, FUNDAMENTOS E REGRAS.
domingo, 17 de junho de 2018
CONHECENDO O VOLEIBOL E A EVOLUÇÃO DAS REGRAS
O
vôlei é um esporte praticado numa quadra dividida em duas partes,
por uma rede, possuindo duas equipes de 06 (seis) jogadores em cada
lado. O objetivo da modalidade é fazer passar a bola sobre a rede de
modo a que esta toque no chão dentro da quadra adversária, ao mesmo
tempo que se evita que os adversários consigam fazer o mesmo. Para
conseguir alcançar o objetivo do jogo é necessário realizar os
fundamentos, como o saque para iniciar o jogo, receber a bola com a
manchete, levantar com o toque, atacar com a cortada e defender com o
bloqueio. O voleibol é um esporte olímpico e tem suas regras
reguladas pela Federation Internationale de Volleyball (FIVB).
O
voleibol foi criado pelo professor de Educação Física,
norte-americano William George Morgan, na Associação Cristã de
Moços (ACM), na cidade de Holyoke, no estado de Massachusetts, nos
(EUA), em 1895.
Sua
criação veio logo após o surgimento do basquetebol, com grande
aceitação por não ter nenhum tipo de contato físico e diminuir as
lesões nos alunos praticantes. A ideia foi desenvolver uma
modalidade que fosse mais leve e, ao mesmo tempo, estimulante para
seus alunos.
O
jogo de Tênis foi de grande influência para Morgan na criação do
voleibol de alguns movimentos específicos (fundamentos) e algumas
regras, como por exemplo, as redes, quadra e a lógica de passar e
repassar a bola de um lado para o outro.
Entretanto,
desejava que sua modalidade não exigisse tantos materiais e
recursos. Assim, nascia o voleibol, um esporte que podia ser jogado
em áreas abertas ou fechadas, com mais ou menos pessoas, e que não
requeria materiais específicos (a bola era passada pelas próprias
mãos dos jogadores).
Os
maiores problemas enfrentados por Morgan se concentraram na decisão
de qual tipo de bola deveria ser utilizado. A primeira opção era
usar a bola de basquete, porém rapidamente o professor viu que a
mesma era muito pesada. Posteriormente, tentou usar apenas a câmara
de ar da bola de basquete, contudo ficou algo bastante leve para a
prática. A questão somente foi resolvida depois que Morgan
solicitou à firma A.G. Spalding & Brothers a fabricação de uma
bola especialmente adaptada às necessidades do voleibol, algo
bastante parecido com a bola que conhecemos hoje em dia.
A
primeira partida pública de voleibol ocorreu em 1896, durante uma
convenção de professores de Educação Física da ACM, na
universidade de Springfield. Uma curiosidade é que até esta data,
Morgan chamava o esporte de “Minonette”. Foi após a primeira
demonstração da modalidade que o nome pelo qual conhecemos o
esporte foi sugerido pelo professor Alfred Halstead.
Nos
anos seguintes, o voleibol já se espalhava por diversas cidades
americanas. Posteriormente, graças ao alcance da Associação Cristã
de Moços Internacional, o esporte se difundiu por vários países,
como Canadá, Cuba, Filipinas, China, Japão e grande parte da
Europa.
O
vôlei se tornou conhecido na América Latina por volta de 1910,
quando autoridades peruanas entraram em contato com educadores
físicos dos Estados Unidos em busca de aprimoramentos em seus
programas de Educação Física. Não se sabe exatamente quando o
esporte chegou ao Brasil. Acredita-se que o mesmo tenha sido
introduzido pela ACM de São Paulo, por volta de 1916.
A
evolução do voleibol veio junto ao surgimento da Federação
Internacional de Volleyball (FIVB), em 1947, e dois anos mais tarde,
em 1949, foi realizado o primeiro Campeonato Mundial de Voleibol,
apenas para os homens. Só em 1952, foi realizado para o sexo
feminino. Em 1964, o voleibol passou a integrar os Jogos Olímpicos e
se mantêm até os dias de hoje.
Houve
grande variação de tipos de jogos, ao longo do tempo, com o
voleibol, por exemplo, o voleibol de praia, voleibol de rua, voleibol
sentado e a adaptação do voleibol nas escolas, com número de
jogadores e espaço reduzido. As regras do jogo foram o que mais
modificou, principalmente com a transmissão do jogo pela televisão,
o que não ocorreu com o basquete, com o futebol americano e o tênis.
A
primeira medalha de ouro olímpica conquistada por um país lusófono
foi obtida pela equipe masculina de vôlei do Brasil nos Jogos
Olímpicos de Verão de 1992. A proeza se repetiu nos Jogos Olímpicos
de Verão de 2004 e nos Jogos Olímpicos de Verão de 2008 e 2012 foi
a vez da seleção brasileira feminina ganhar a sua medalha de ouro
em Olimpíadas. No Brasil, em 2016, a seleção brasileira masculina
consegue conquista o lugar mais alto do pódio, consagrando a melhor
seleção do mundo, naquele ano.
Regras
básicas
Cada
equipe de voleibol é constituída por 12 jogadores: seis efetivos
(sendo um líbero, introduzido no ano 1998, para deixar o jogo mais
emocionante) e seis reservas. Em quadra ficam dois times de seis
jogadores, cada um. As equipes são separadas por uma rede no meio da
quadra.
O
jogo começa com um dos times que devem sacar. Logo depois do saque a
bola deve ultrapassar a rede e seguir ao campo do adversário onde os
jogadores tentam evitar que a bola entre no seu campo usando qualquer
parte do corpo (antes não era válido usar membros da cintura para
baixo, mas as regras foram mudadas).
O
jogador pode rebater a bola para que ela passe para o campo
adversário sendo permitidos dar até três toques na bola antes que
ela passe, sempre alternando os jogadores que dão os toques. Caso a
bola caia é ponto do time adversário.
O
jogador não pode encostar na rede. O mesmo jogador não pode dar 2
ou mais toques seguidos na bola, exceção no caso do toque de
Bloqueio.
A
quadra é retangular, com a dimensão de 18 x 9 metros, com uma rede
no meio colocada a uma altura variável, conforme o sexo e a
categoria dos jogadores, para os homens a medida de 2,43 m e para as
mulheres a medida de 2,24 m. É dividida por uma linha central em um
dos lados de nove metros que constituem as quadras de cada time. O
objetivo principal é conquistar pontos fazendo a bola encostar na
quadra adversária ou sair da área de jogo após ter sido tocada por
um oponente.
As
partidas de voleibol são confrontos envolvendo duas equipes
disputados em ginásio coberto ou ao ar livre conforme desejado. No
voleibol, todas as linhas delimitadoras são consideradas parte
integrante do campo. Deste modo, uma bola que toca a linha é
considerada "dentro" (válida), e não "fora"
(inválida). Acima da quadra, o espaço aéreo é delimitado no
sentido lateral por duas antenas postadas em cada uma das
extremidades da rede. No sentido vertical, os únicos limites são as
estruturas físicas do ginásio. Caso a bola toque em uma das antenas
ou nas estruturas físicas do ginásio, o ponto vai automaticamente
para o oponente do último jogador que a tocou.
O
jogo de voleibol, ao contrário de muitos esportes, tais como o
futebol ou o basquetebol, é jogado por pontos, e não por tempo.
Cada partida é dividida em sets que terminam quando uma das duas
equipes, conquista 25 pontos. Deve haver também uma diferença de no
mínimo dois pontos com relação ao placar do adversário – caso
contrário, a disputa prossegue até que tal diferença seja
atingida. O vencedor será aquele que conquistar primeiramente três
sets. Como o jogo termina quando um time completa três sets
vencidos, cada partida de voleibol dura no máximo cinco sets ou
melhor de 3. Se isto ocorrer, o último recebe o nome de tie-break e
termina quando um dos times atinge a marca de 15, e não 25 pontos.
Como no caso dos demais, também é necessária uma diferença de
dois pontos com relação ao placar do adversário.
Cada
equipe é composta por doze jogadores, dos quais seis estão atuando
na quadra e seis permanecem no banco na qualidade de reservas. As
substituições são limitadas: cada técnico pode realizar no máximo
seis por set, e cada jogador só pode ser substituído uma única vez
- com exceção do líbero - devendo necessariamente retornar à
quadra para ocupar a posição daquele que tomara originalmente o seu
lugar.
Os
seis jogadores de cada equipe são dispostos na quadra do seguinte
modo, no sentido do comprimento, três estão mais próximos da rede,
4, 3 e 2, e três estão entre as linhas de 9 metros e a linha de
fundo, 5, 6 e 1. O rodízio, no sentido horário, só é realizado
quando a equipe adquiri a posse de bola do adversário, ao permanecer
com a posse de bola e a marcação de pontos, a equipe não realiza o
rodízio. Se o time que conquistou o ponto não foi o mesmo que havia
sacado, os jogadores devem deslocar-se em sentido horário, passando
a ocupar a próxima posição de número inferior à sua na quadra
(ou a posição 3, no caso do atleta que ocupava a posição 4). Este
movimento é denominado rodízio.
Antigamente,
existia a vantagem durante a partida de voleibol, deixando a partida
longo e demorada. A vantagem era a ação de adquirir a posse de bola
para sacar e depois marcar o ponto. O que levava uma troca de
vantagens entre as equipes mas sem nenhum ponto. A televisão, na
intenção de popularizar o voleibol, influenciou a retirada da
vantagem, em 1998, para a marcação direta de pontos, o que teve nas
partidas uma dinâmica muito maior e a duração das partidas
menores.
No
início de cada set, o jogador que ocupa a posição 1 realiza o
saque. Os oponentes devem então fazer a bola retornar tocando-a no
máximo três vezes, e evitando que o mesmo jogador toque-a por duas
vezes consecutivas. O primeiro contato com a bola após o saque é
denominado recepção ou passe, com a manchete e seu objetivo
primordial é evitar que ela atinja uma área válida do campo.
Segue-se então usualmente o levantamento, de preferência com o
toque, que procura colocar a bola no ar de modo a permitir que um
terceiro jogador realize o ataque, com a cortada, acerte-a de forma a
fazê-la aterrissar na quadra adversária, conquistando deste modo o
ponto. No momento em que o time adversário vai atacar, os jogadores
que ocupam as posições 2, 3 e 4, próximos a rede, podem saltar e
estender os braços, numa tentativa de impedir ou dificultar a
passagem da bola por sobre a rede. Este movimento é denominado
bloqueio, e não é permitido para os outros três atletas que
compõem o restante da equipe. Em termos técnicos, os jogadores que
ocupam as posições 1, 6 e 5 só podem acertar a bola acima da
altura da rede em direção à quadra adversária se estiverem no
"fundo" de sua própria quadra.
Outra
mudança tática do jogo de voleibol, ao longo do tempo, foi o ataque
de fundo, ao tentar surpreender a defesa adversária. Para atacar do
fundo, o atleta deve saltar sem tocar com os pés na linha de três
metros ou na área por ela delimitada, o contato posterior com a
bola, contudo, pode ocorrer no espaço aéreo frontal.
Após
o ataque adversário, o time procura interceptar a trajetória da
bola com os braços ou com outras partes do corpo para evitar que ela
aterrisse na quadra. Se obtém sucesso, diz-se que foi feita uma
defesa, e seguem-se novos levantamento e ataque. O jogo continua até
que uma das equipes cometa um erro ou consiga fazer a bola tocar o
campo do lado
oponente.
O
voleibol teve a oportunidade de ampliar sua “popularidade” por
meio da televisão e as conquistas de título, ao longo do século
passado. O processo de transição do esporte foi transformado em
espetáculo por meio das mudanças de suas regras para “garantir o
público consumidor”. Ao atender as expectativas da televisão e
tornar – se mais atraente e popular, passou por mudanças, tanto na
dinâmica do jogo, ao retirar a vantagem, a introdução do
líbero, o toque na rede pela bola na realização do saque e cair na
quadra adversária e na disputa de melhor de 5 sets, os quatro
primeiros sets passaram de 15 para 25 pontos. O
voleibol, com a ajuda da televisão e o interesse de outros agentes
envolvidos (dirigentes, técnicos, jogadores, etc.) passou de um
esporte pouco conhecido, voltado para as classes mais abastadas, a um
esporte “popular”, conhecido e praticado por pessoas de todas as
classes sociais e de todas as regiões do Brasil.
Referencial
bibliográfico:
http://www.historiadetudo.com/voleibol,
acessado em 16 de julho de 2014.
http://culturacorporalprofjorgeluiz.blogspot.com/,
acessado em 11 de julho de 2014.
https://www.angolaformativa.com/pt/voxpop/historia-e-evolucao-do-voleibol/,
acessado em 16 de junho de 2014.
Costa,
F. R.; Souza Junior, G. A. de.; Souza, I. F. de.; Costa, M. P. da S.;
Vaz, R. Apostila
de Educação Física.
Colégio da Polícia Militar de Goiás, Polivalente Modelo Vasco dos
Reis. 2014.
quinta-feira, 7 de junho de 2018
CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO PRÁTICA DO 2º BIMESTRE
A avaliação é um processo contínuo e sistemático que tem como principal finalidade
contribuir para que os alunos atinjam determinados objetivos estabelecidos para a
aprendizagem (estabelecidos no plano anual e bimestral de atividades curriculares. Pode ser utilizado como parâmetro de comparação individual do caminho percorrido durante o bimestre, perceber como iniciou e como terminou o período adotado para a apresentação do conteúdo. Tem características positivas quando o aluno identifica onde está errando para poder corrigir e superar as dificuldades de aprendizado junto ao professor e alcançar o conhecimento pleno.
A disciplina de Educação Física encontra no processo avaliativo um instrumento
regulador importantíssimo da sua qualidade.
“Os critérios de avaliação estabelecidos pela escola e pelo professor permitirão determinar, concretamente esse grau de
sucesso. É fundamental existir um compromisso de todo o grupo para que todos os
alunos trabalhem para atingir no final do ciclo, os mesmos objetivos segundo a mesma
qualidade de realização”.
O processo de ensino – aprendizagem tem como referência fundamental para o
sucesso nesta disciplina, 4 áreas de avaliação:
ÁREA A – Domínio Motor. Esta área visa avaliar os alunos nas matérias realizadas e certificar se estes
atingiram os objetivos no final do ano.
ÁREA B – Condição Física. Esta área refere-se à condição física dos alunos. Todas as capacidades físicas
devem ser trabalhadas e avaliadas. Os alunos serão avaliados nos seguintes
testes: Resistência (Vaivém), Flexibilidade inferior (Senta e Alcança), Força média
(Abdominais) e Força superior (Extensões de braços).
ÁREA C – Domínio Cognitivo. A área dos conhecimentos refere-se à aquisição por parte dos alunos,
conhecimento do objetivo do jogo e das tarefas propostas, conhece a função e
modos de execução dos elementos da modalidade e compreende e aplica as
regras. A avaliação dos conteúdos será realizada através da observação direta,
questionamento oral na aula, relatórios de aula e fichas formativas, sempre que
solicitadas pelo professor.
ÁREA D – Domínio das Atitudes. Esta área visa avaliar comportamentos dos alunos. Objetivamente os alunos
irão ser avaliados nos seguintes parâmetros: Cooperação (colaboração com os
colegas e professor), Aceita e respeita as regras, Cordialidade (respeito com os colegas e professor),
Empenho (participação e interesse), Persistência nas atividades, e Responsabilidade (pontualidade,
assiduidade e cumprimento de tarefas).
CRITÉRIO ADOTADOS PARA A AVALIAÇÃO PRÁTICA 2º BIMESTRE
ÁREAS | DOMÍNIOS | CONTEÚDOS | % |
Área A | Domínio Motor | Voleibol | 60% |
Área D | Domínio das Atitudes | Responsabilidade Empenho/persistente na atividade Respeito as regras Cordialidade Cooperação | 40% |
Para avaliar o Domínio Motor (Área A) analisa-se, se o aluno cumpre os objetivos
por nível.
A avaliação deste domínio é feita tendo em conta as diferentes
características da matéria lecionada, a saber:
Os jogos desportivos coletivos a avaliação é feita colocando os alunos em
situação de jogo.
Executa os movimento do voleibol
Consegue realizar com habilidade os movimentos trabalhados
É preciso nos movimentos realizados
Tem facilidade em expressar-se corporalmente
Tem facilidade em expressar-se corporalmente
Utiliza as estratégias básicas de jogo
Possui reflexos em movimentos
Possui harmonia nos movimento básicos
Colocar em situação
diferente do jogo.
Para avaliar o Domínio das Atitudes (Área D) visa avaliar comportamentos dos alunos. Objetivamente os alunos
irão ser avaliados nos seguintes parâmetros: aceita e respeita as regras; é responsável pela construção do conhecimento; é empenhado; persiste e persegue o sucesso da atividade; consegue ouvir o colega e o professor; relacionamento;
pontualidade/assiduidade; cordialidade.
Referencial:
Brasil. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros curriculares nacionais : Educação física. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1997.
Programas de Educação Física. Externato João Alberto Faria. 2014/2015. Acessado em: <http://www.ejaf.pt/site/pdfs_informativos/Crit_Av_Ed_fis_1415.pdf>, no dia dia 07 de maio de 2016.
quinta-feira, 10 de maio de 2018
TELEVISÃO: UM MEIO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
Os
meios de comunicação de massa são os meios e instrumentos mais
populares de divulgação das informações. A televisão, em
especial, tornou-se um meio de comunicação de massa, a partir do
momento que o domínio da nova tecnologia possibilitou à maioria das
pessoas acesso aos aparelhos de TV.
A
televisão é uma das
formas de transmissão que atinge grande parte dos lares brasileiros,
divulgando uma série de informações, determinadas por seus
programadores e/ou patrocinadores. Existe uma série de critérios,
que visam atingir às exigências dos patrocinadores, além de
interesses políticos e ideológicos da elite, como por exemplo, o
futebol no Brasil.
Na
programação a ser exibida, o futebol ocupa um lugar central, por
vários fatores que contribuem aos objetivos da televisão. A mídia
televisiva em suas programações, objetiva adquirir sempre maior
público. Para isso, as emissoras de televisão procura transformar
as transmissões esportivas em atrações que beiram ao espetáculo.
Essa forma moderna de transmissão tem feito o telespectador ter a impressão de estar sempre acompanhando o espetáculo no local onde está sendo realizado, dada a gama de possibilidades de visualização dos lances, sendo que, às vezes, em melhores condições do que aqueles que estão no local. A televisão destina, ao esporte, horários diversificados de transmissão, procurando atender, quase sempre, a lógica mercadológica imposta às transmissões. Essas transmissões compõem um quadro de programação, em que existem infinidades de atrações, desde filmes até telenovelas.
Se
observar a qualidade dessas transmissões, você verá que a
televisão tem como aspecto principal a informação já bastante
simplificada. Isso significa reportagens curtas, de fácil
entendimento, e que proporcionem ao público uma sensação de
agradabilidade ao assistir. Mas o que essas características têm em
comum com o esporte em geral e, especificamente, com o voleibol ou
com o futebol?
A
programação da televisão não deve ser maçante ou entediante.
Deve proporcionar ao público novas emoções e sensações a todo
instante. O voleibol, assim como qualquer esporte, não possui enredo
pré – definido, ou seja, não se sabe qual será o desenvolvimento
completo do jogo (ainda que os resultados possam ser manipulados, mas
aí só se saberia a priori o resultado dos acontecimentos por um
pequeno grupo de “interessados”). Isso já atinge o objetivo
voltado para a criação de novas sensações a todo momento, uma
espécie de imprevisibilidade.
Outra
questão interessante, que você pode perceber no voleibol e atinge
as perspectivas da televisão, é a previsibilidade de tempo do jogo.
Perceba na programação da televisão, tudo tem tempo estipulado,
devendo seguir as determinações. Neste sentido, esportes que
possuam uma previsibilidade são interessantes para a televisão. Já
imaginou uma partida de tênis? Chega a durar 4 horas, como ficariam
os quadros de programação geral da emissora?
O
voleibol teve a oportunidade de ampliar sua “popularidade” por
meio da espetacularização efetuada na televisão, e, com isso,
divulgar os produtos dos novos patrocinadores que começavam a se
interessar pelo esporte. O processo de transição do esporte
transformado em espetáculo por meio das mudanças de suas regras
para “garantir o público consumidor”.
A
partir das relações entre os clubes, confederações e
organizadores de torneios vinculados aos interesses das emissoras de
TV, o voleibol se transformou em esporte espetáculo, cujo objetivo
tem por trás da diversão, e simples competição, o incentivo ao
consumo de grandes marcas esportivas, produtos variados, formas e
estilos de vida, modismos e ideias.
Nesse
contexto, o voleibol, com a ajuda da televisão e o interesse de
outros agentes envolvidos (dirigentes, técnicos, jogadores, etc.)
passou de um esporte pouco conhecido, voltado para as classes mais
abastadas, a um esporte “popular”, conhecido e praticado por
pessoas de todas as classes sociais e de todas as regiões do Brasil.
Tornou-se um empreendimento, marca registrada que rende milhões
anualmente.
Referencial:
Vários autores. Educação Física. Curitiba: SEED/PR, 2006, 37 a 43
p.
INDUSTRIA CULTURAL E MEIO DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
As
relações entre cultura de massa, indústria cultural e meios de
comunicação de massa parecem indicar uma coisa só, mas apresentam
fundamentos distintos na estratégia de consolidação da ideologia
capitalista. A cultura erudita é produzida pela classe dominante
(elite), a cultura popular é produzida pelas classes populares, que
se refere a tradição, o folclore e a religião. A cultura de massa
é produzido para as massas.
Ela é gerada no interior da indústria cultural,
no conjunto
de empresas vinculadas à classe dominante (elite)
que tem como função “produzir” cultura para
a massa (classe
trabalhadora/popular)
em forma de objeto de consumo.
Isso
acontece pela massificação de saberes e padrões de comportamento
que interessam às classes dominantes, para que sejam adotadas como
referência pelas classes dominadas. Por meio de inúmeros produtos
(novelas, filmes, livros, shows, programas de TV, revista, música,
etc), há uma divulgação
de elementos culturais que tem como ideia
inicial a consolidação de
valores e comportamentos que reforçam a ordem social capitalista.
Para isso, esses produtos incentivam o consumo, a padronização dos
gostos, em um processo em que prevalece a busca pelo lucro.
Os
meios de comunicação de massa (televisão, rádio, cinema, jornais,
etc), que são os principais veículos de divulgação da cultura de
massa. São responsáveis por transmitir as ideais das classes
dominantes para o conjunto de pessoa, por exemplo o jovem, como forma
de controle hegemônico sobre as classes dominadas. Por exemplo,
quando um programa jornalístico de uma emissora de televisão
apresenta uma notícia, o modo como são narrados os fatos ou
apresentadas as entrevistas não é neutro. Procura – se construir
determinado olhar sobre a realidade que representa a visão dos donos
do veículo de comunicação em que a informação está sendo
divulgada. Atualmente, o principal modo de obter informação é por
meio da televisão, assim sendo, é o veículo essencial para a
difusão da cultura e da ideologia dominantes.
Esta
relação de cultura e poder (controle social), levou Theodor
Adorno e Max Horkheimer (1985 – 1973) criarem, em 1940, o conceito
de indústria cultural. Esse conceito foi elaborado para designar o
modo como se produz “cultura”, com base na padronização
verificada em qualquer outra produção industrial. Com
a Revolução Industrial foi
possível fabricar em grande
escala produtos padronizados, para
a sociedade de consumo.
Assim, as empresas responsáveis pela produção de bens culturais
como mercadoria fazem parte da indústria cultural. A
produção da cultura passou a ter como principal finalidade o lucro.
A
arte deixa de
exercer sua autonomia de criticar a sociedade para
tornar –
se produtos mais rentáveis e
aceito pelos consumidores.
A
cultura de massa, como produto da indústria cultural, se sustenta
oferecendo divertimento e produzindo conformismo. A diversão
propiciada pelos produtos da
indústria cultural, muitas vezes mascara os conflitos existentes na
sociedade. O conformismo refere – se a aceitação
da realidade social, como
mostrada pelos meios de comunicação, que não lhe fazem nenhuma
crítica. O divertimento e o entretenimento reforçam a naturalização
das situações de opressão e desigualdades apresentadas nos filmes,
nas telenovelas e nas séries de televisão.
Esse
processo de naturalização e conformismo produz a alienação das
massas. Funciona como mecanismo de controle social, pois neutraliza a
possibilidade de o indivíduo entender e criticar os padrões de
relações sociais aos quais está submetido. Assim, a ideologia
dominante transmitida por esses produtos culturais permite a
reprodução das relações de dominação na sociedade.
O
filme “À procura da felicidade” (2006) reforça a ideia de que o
indivíduo tem total controle sobre sua vida. Basta que ele trabalhe
muito para que no final seja recompensado. Essa ideologia de “se
quiser, você consegue” ignora a influência das estruturas sociais
na vida das pessoas, dificultando o surgimento de um olhar crítico
sobre a sociedade.
Durante
sua leitura, teve alguma palavra que você não entendeu? Sim? Não?
Pesquise seus conceitos e significados no dicionário da biblioteca
da escola e anote no seu caderno. Poderá facilitar o entendimento
sobre o texto e ampliar seu conhecimento. Buscar outras referências
também é muito importante. Por exemplo, livro de Sociologia, de
Nelson Dacio Tomazi, da editora Saraiva.
SILVA,
A. et al. Sociologia em movimento.
Editora Moderna: São Paulo, 2013,
81 a 83 p.
domingo, 6 de maio de 2018
DO GIBI PARA O CINEMA: os meios de comunicação
Os
meios de comunicação de massa são os meios, instrumentos e/ou
ferramentas
de
comunicação
e divulgação
das informações produzida
pela sociedade,
tais
como, rádio, jornais, televisão, cinema e internet. A
comunicação de massa tem a característica de chegar a uma grande
quantidade de receptores ao mesmo tempo, partindo de um único
emissor. A
televisão e
o cinema são
formas de transmissão e
divulgação
de
uma
série de informações determinadas pelas
empresas que dominam o mercado capitalista.
Existe, por trás dessas
ideias,
o
interesse em aumentar os lucros, atingir
às exigências dos patrocinadores parceiros
e interesses
políticos da
elite.
Na
década de 70, o Brasil vivia um regime militar, com a censura aos
meios de comunicação, com prisões, torturas, assassinatos,
cassação de mandatos, banimento do país, espalhando o medo e a
violência contra as pessoas que não aceitavam o que regime
ordenava. Para amenizar essas crises, o governo do presidente Médici
(1969 – 1974) direcionou os olhares para o futebol, desviando a
atenção da população dos conflitos políticos da época através
da expansão da televisão.
O objetivo era que, ao invés das pessoas saírem às ruas para
participar de manifestações políticas, ficariam em suas casas
torcendo pela seleção brasileira numa “corrente pra frente”. O
governo militar utilizou-se da vitória da seleção, no mundial de
1970, para desviar a atenção da crise econômica, dos problemas
sociais e políticos e, principalmente, das atitudes autoritárias
relacionadas às torturas, perseguições e mortes, frequentes
naquele período triste de nossa história.
Nos
Estados Unidos da América a Guerra Fria (1945
– 1991) travada
com a Ex – União Soviética (Rússia) foi
marcado
por muita espionagem e propaganda política, tanto do lado
norte-americano quanto do soviético. Não bastasse tudo isso, armas
atômicas seriam usadas caso as duas superpotências partissem para o
conflito militar direto.
Nesse
cenário surgiu os super – heróis nos
gibis, depois
na televisão e agora no
cinema, com
a criação da
Marvel Comic’s (1961,
com o primeiro gibi). Os
fatos eram inspirados
na
realidade vivida da época.
Era um forma de contar a história, uma
versão norte – americana,
tendenciosa e parcial. As
histórias contam sempre a disputa vivida pelos E.U.A e a Ex –
União Soviética. As
cores da bandeira americana estão sempre presente, o forte apelo
patriota e nacionalista americana, a tendência de influenciar quem é
o vilão e quem é o mocinho. Apresenta
uma
visão parcial dos fatos,
imaginativa, segura, confortável, super tecnológica e acima da
média tendenciosamente
americana.
Este tipo de expressão construído nas histórias em
quadrinho mascaram a crueldade e as
mortes ocorridas durante a guerra. Existe um apelo emocional para
justificar as mortes dos soldados, iniciar uma nova guerra, manter a
poder, a
riqueza e a influência
política,
econômico e militar no mundo,
O
gibi, a
televisão, cinema, a
revista, rádio, a internet,
são
usados pelo governo e pela classe dominante como meio para desfaçar
e desviar a atenção da população para os
problemas sociais. No
caso do futebol, no
Brasil, o
interesse
do
governo
foi
distrair a população, “aliviar” consequências
da instabilidade política do país. O
futebol e
as histórias em quadrinhos
têm
um papel importante para a transmissão da ideia
de cada governo, para manter o controle social da classe dominante e
aumentar o patriotismo fiel da classe dominada.
ATIVIDADE FÍSICA E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE
A
prática regular de atividade física sempre esteve associada à
imagem de pessoas saudáveis. Não é de se estranhar que atualmente,
em virtude principalmente das mudanças geradas pela modernização,
o incentivo a prática de atividade física seja uma discussão de
grande repercussão em todo o mundo.
A
princípio, antes de aprofundarmos as discussões sobre a atividade
física e sua relação com a saúde é importante entendermos e
atentarmos para o conceito de atividade física. Sendo assim, o que é
atividade física? A atividade física pode assim ser definida como
qualquer ação ou movimento corporal exercida pelo
músculo-esquelético a qual resulte em gasto energético maior do
que os níveis de repouso. Em geral os movimentos corporais amplos,
como lavar roupa, passear com o cachorro.
A
atividade física vem sendo constantemente veiculada e vinculada à
obtenção e/ou manutenção da saúde. Não é a toa que alguns
males, dentre eles o sedentarismo. Para você ter uma ideia, no
Brasil, o sedentarismo é um problema que vem assumindo lugar de
destaque e preocupação. As pessoas estão trocando o movimentar
diário pelas comodidades da vida moderna, o sedentarismo, que é a
falta ou ausência de atividade física regular, atividades
que não aumentam consideravelmente o gasto energético acima do
nível de repouso, como dormir ou permanecer sentado em frente ao
computador, por exemplo.
As
pesquisas mostram que a população atual gasta bem menos calorias
por dia, do que gastava há 100 anos, o que explica porque o
sedentarismo afetaria aproximadamente 70% da população brasileira.
O estilo de vida atual pode ser responsabilizado por 54% do risco de
morte por infarto e por 50% do risco de morte por derrame cerebral,
as principais causas de morte em nosso país. Assim, podemos observar
e compreender que a discussão sobre atividade física é um assunto
de saúde pública dai a necessidade de estudarmos este tema em
nossas aulas.
A
prática de atividade física é fundamental para o desenvolvimento
adequado quando de crianças, assim como adjuvante no tratamento de
doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, hipertensão
e diabetes. Na promoção da saúde com atividade física, a OMS
(Organização Mundial da Saúde) define saúde como “bem-estar
físico, mental e social, e não apenas ausência de doenças ou
enfermidades”.
Por que a preocupação com o sedentarismo?
Por que a preocupação com o sedentarismo?
No
censo de 2000, mostra que a grande maioria dos países em
desenvolvimento, grupo do qual faz parte o Brasil, mais de 60% dos
adultos que vivem em áreas urbanas, não praticam um nível adequado
de exercício físico.
Em
todo o mundo observa-se um aumento da obesidade, que está
relacionado com o acúmulo de gordura no corpo causado quase sempre
por consumo excessivo de calorias na alimentação, superior
ao valor usada pelo organismo para sua manutenção e realização
das atividades do dia – a – dia. Ou seja: a obesidade acontece
quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético
correspondente, associada a falta
da prática de atividades físicas, ao longo da vida. É o famoso
estilo de vida moderno, no qual a maior parte do tempo livre é
passado assistindo televisão, usando computadores, jogando
videogames, etc.
Observou-se
que as pessoas reduzem, gradativamente, o nível de atividade física,
a partir da adolescência e passa adotar estilo de vida sedentário
com a ingestão de altas calorias na sua alimentação.
Afinal,
o que é Hipertensão arterial e diabetes?
As
doenças crônicas não transmissíveis são as preocupações do
setor público de saúde, devido, a baixa qualidade de vida dos
pacientes, ao longo da vida. Essas doenças, não matam rápido, como
o infarto ou o derrame, elas vão se agravando sem o devido cuidado,
e vai debilitando o paciente, deixando – o inválido e dependente
dos outros. A hipertensão arterial é uma doença silenciosa, pode
variar de acordo com a gravidade, apresenta constante variação de
pressão arterial e de forma sistemática, está relacionada com
a força que o sangue faz contra as paredes das artérias para
conseguir circular por todo o corpo. Os valores da pressão arterial
não são sempre os mesmos durante o dia. Geralmente caem, quando
dormimos ou estamos relaxados, e sobem com a atividade física,
agitação, estresse.
Já
a diabetes adquirida ao longo do tempo, é a conhecida do tipo II,
afeta
a forma como o corpo metaboliza a glicose, principal fonte de energia
do corpo. A pessoa com diabetes tipo II pode ter uma resistência aos
efeitos da insulina (hormônio que regula a entrada de açúcar nas
células) ou não produz insulina suficiente para manter um nível de
glicose normal. Quando não tratado, o diabetes pode ser fatal.
Quais
são os benefícios dos exercícios físicos?
A
prática regular de exercícios físicos acompanha-se de benefícios
que se manifestam sob todos os aspectos do organismo. O exercício
físico se diferencia da atividade física. Do ponto de vista
músculo-esquelético, o exercício
físico é uma
seqüência sistematizada, planejada, orientada, estruturada
e repetitiva de movimentos que tem como objetivo pré-definido ou
intermediário melhorar ou manter a saúde/aptidão física,
como por exemplo, o treinamento desportivo. O exercício físico
auxilia
na melhora da força, do tônus muscular e da flexibilidade, além
disso, fortalecimento dos ossos e das articulações.
Com
relação à saúde física, observamos perda de peso e do percentual
de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso,
controle do nível de açúcar no sangue, diminuição do colesterol
total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom").
Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de
doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada
a elas.
Além
disso, a prática regular de exercício físico ajuda a melhorar o
fluxo de sangue para o cérebro; ajuda na capacidade de lidar com
problemas e com o estresse podendo assim exercer, também, efeitos no
convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto
no familiar.
Como
é feita a escolha da atividade física adequada?
A
escolha pode ser feita individualmente, levando-se em conta os
seguintes fatores:
Preferência
pessoal:
o benefício da atividade só é conseguido com a prática regular da
mesma, e a continuidade depende do prazer que a pessoa sente em
realizá-la. Assim, não adianta indicar uma atividade que a pessoa
não se sinta bem praticando.
Aptidão
necessária:
algumas atividades dependem de habilidades específicas. Para
conseguir realizar atividades mais exigentes, a pessoa deve seguir um
programa de condicionamento gradual, começando de atividades mais
leves.
Risco
associado à atividade:
alguns tipos de exercícios podem associar-se a alguns tipos de
lesão, em determinados indivíduos que já são predispostos. O
ideal é buscar orientação de um professor de Educação Física
para evitar o risco de lesão ou algum outro tipo de problema.
Referência:
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